“Água é vida!” – uma afirmação que costuma ecoar do palanque de muitos políticos, tornando-se um mantra retórico em comunidades onde a ausência de água encanada se faz sentir. Em Palmeirândia, essa realidade não é diferente. Apesar de estar circundada por águas e possuir um lençol freático privilegiado, essa pequena cidade, ao longo de suas décadas de existência, tornou-se refém de uma problemática crônica: a falta de água.
Nesta terça-feira (25), recebemos diversas denúncias de moradores locais relatando a ausência de água nas torneiras residenciais por três dias consecutivos. Esta é uma situação que, embora seja de responsabilidade direta da CAEMA (Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão), encontra-se nas mãos da Prefeitura, que, por meio do seu representante máximo, o prefeito, poderia estar buscando soluções.
O prefeito Edilson, por não residir no município e não visitá-lo com frequência, parece estar alheio às dificuldades vivenciadas pela população. Como gestor centralizador, que não delega responsabilidades a secretários, assessores ou demais membros do executivo, contribui para o acúmulo de problemas, fazendo proliferar na gestão uma aura de descaso e incompetência.
Segundo relatos, Edilson permanece até 15 dias sem comparecer ao município, deixando, em seu lugar, apenas a presença simbólica de sua pick-up Hilux SW4, com vidros fumê fechados, que circula pela cidade supostamente em “missões de vistoria”.
Em contrapartida, o presidente da Câmara, Dico de Dedeco, se desdobrou em busca de soluções para o problema de abastecimento de água em Palmeirândia, inclusive se deslocando até a regional da CAEMA em Pinheiro. Ainda assim, a população aguarda, com sede, que providências concretas sejam tomadas, para que a tão propalada “água é vida” deixe de ser apenas um slogan de campanha e se torne, finalmente, uma realidade em suas torneiras.