Levantamento exclusivo do Blog Joerdson Rodrigues revela que, em apenas seis meses de 2025, a Prefeitura priorizou festas milionárias, contrastando com denúncias de abandono na saúde, educação e infraestrutura.
A política do “pão e circo” parece ser a principal estratégia da administração do prefeito Edimar Vaqueiro (PSB) em Coroatá neste ano de 2025. Um levantamento exclusivo realizado pelo blog Joerdson Rodrigues acendeu o alerta vermelho sobre as prioridades da gestão municipal: nos primeiros seis meses do ano, a Prefeitura já desembolsou mais de R$ 2 milhões apenas com a realização de shows e eventos.
Enquanto a população celebra em festas custeadas com dinheiro público, multiplicam-se as denúncias sobre o estado deplorável de serviços essenciais no município.
A maior fatia dos gastos foi destinada a uma única empresa. De acordo com os dados levantados pelo blog, a E S Produções já recebeu R$ 1.722.803,60 (um milhão setecentos e vinte e dois mil oitocentos e três reais e sessenta centavos) para a “prestação de serviços de organização e realização de eventos” em apoio às atividades da gestão de Edimar Vaqueiro.
Um ponto a ser destacado, é que esse contrato nunca foi publicado pela Prefeitura junto ao TCE no Mural de Contratos (SINC-Contrata), ou seja, falta transparência e precisa ser investigado tanto pelo Ministério Público quanto pelo próprio TCE.
Além desse montante expressivo para a organização geral, outros contratos inflaram ainda mais a conta. Somente para o show da banda Chicabana, referente ao Carnaval de 2025, a Prefeitura pagou R$ 366.800,00.
Somados, os valores ultrapassam a marca dos R$ 2.089.603,60 (dois milhões oitenta e nove mil seiscentos e três reais e sessenta centavos) em apenas 180 dias de gestão neste ano.
A gastança milionária com entretenimento contrasta brutalmente com a realidade enfrentada pelos moradores de Coroatá. O blog Joerdson Rodrigues tem recebido inúmeras denúncias que apontam para um cenário de abandono em áreas cruciais.
A saúde pública é descrita como precária, com relatos de falta de medicamentos e dificuldades no atendimento. Na infraestrutura, a situação é classificada como deplorável, tanto nas vias urbanas, esburacadas e mal cuidadas, quanto nas estradas rurais, que dificultam o deslocamento e o escoamento da produção. A educação também sofre com baixos investimentos, comprometendo o futuro dos estudantes locais.
Para críticos da administração e observadores da política local, a estratégia de Edimar Vaqueiro é clara: usar grandes eventos para desviar o foco do descontentamento popular com a falta de serviços básicos. A tática, antiga na política brasileira, busca gerar uma sensação temporária de bem-estar enquanto problemas estruturais graves são ignorados.
Além da inversão de prioridades, o volume de recursos direcionados à E S Produções levanta preocupações. A concentração de mais de R$ 1,7 milhão em uma única empresa de eventos acende um sinal de alerta para os órgãos de controle, como o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público (MP). Resta saber se esses contratos resistiriam a uma auditoria rigorosa.
A gestão de Edimar Vaqueiro, ao optar por torrar milhões em festividades enquanto a cidade carece do básico, demonstra um equívoco grave na aplicação do dinheiro do contribuinte, colocando em xeque o compromisso da administração com as reais necessidades da população de Coroatá.