A velha máxima popular “criança e bêbado não mentem” assombra o deputado Leandro Belo (Podemos) e lança uma crise de credibilidade sobre a oposição maranhense.
A política do Maranhão foi sacudida nos últimos dias por uma denúncia explosiva que mistura poder, articulação de bastidores e, aparentemente, altas doses de cachaça. Após a Mirante expor um movimento de deputados oposicionistas que estariam espalhando a notícia do iminente afastamento do governador Carlos Brandão (PSB), os parlamentares Othelino Neto e Leandro Belo correram para as redes sociais com notas públicas, negando veementemente qualquer participação na trama. Contudo, uma fonte exclusiva do blog Joerdson Rodrigues, direto da cidade de Timon, traz uma versão que coloca Belo no epicentro da conspiração.

Segundo o relato, que foi confidenciado sob estrita condição de anonimato por medo de represálias, o deputado Leandro Belo seria a prova viva do ditado “in vino veritas” — a verdade está no vinho, ou no caso, na cachaça. A fonte garante que, em diversas ocasiões, bastava o parlamentar estar “de copo cheio” entre amigos para que sua euforia transbordasse em inconfidências.
Sem qualquer pudor, Belo não apenas confirmava a articulação para derrubar Brandão, como detalhava o plano. Ele teria chegado a cravar uma data para o afastamento, situando-o entre o final de setembro e o início de outubro. Com a certeza da vitória, o deputado já estaria distribuindo o bolo do poder: afirmava que ele e seus “amigos” dariam as cartas no estado e que seu próprio irmão André Belo seria o novo Secretário de Educação.
As revelações etílicas não se limitavam a Timon. A fonte afirma que em Teresina, durante momentos de lazer regados a uísque, o discurso era o mesmo. Belo teria garantido que, com a posse do vice-governador, além da Educação, ele teria o controle de outras duas pastas no novo governo.
A arrogância e a certeza de poder do grupo eram tão explícitas que assustavam os presentes. “Quando ele bebia, todo mundo fica espantado como fica. Ele fala muita besteira e conta muita grandeza”, relatou a fonte. O trecho mais grave da denúncia vem a seguir: “Afirmou que ele e o grupo têm poder para afastar e cassar um governador porque têm as canetas e o martelo”.
A menção às “canetas e ao martelo” é um recado claro e perigoso. Sugere que o grupo de Belo não conta apenas com a articulação política, mas também com o suposto apoio de setores do Judiciário para concretizar apear Brandão do poder.
Enquanto a nota oficial de Leandro Belo tenta vender a imagem de um parlamentar vítima de boatos, os relatos de bastidores pintam o retrato de um político que, movido pela bebida, pode ter revelado um plano que deveria permanecer nas sombras. A questão que fica no ar é: as falas de Belo eram apenas bravatas de um homem embriagado ou a mais pura e preocupante verdade sobre o que se trama nos porões do poder no Maranhão?