Ícone do site Blog Joerdson Rodrigues

Ex-deputado bolsonarista tenta esconder imóvel e desafia Justiça: discípulo do “01” ou aluno nota zero?

O ex-deputado Filipe Arnon Marques Tavares parece ter confundido o lema “Deus, Pátria e Família” com “Desrespeito, Patrimônio e Farsa”. Acusado de ignorar uma decisão da 15ª Vara Cível de São Luís em ação de adjudicação compulsória, o ex-parlamentar mostra que, se a política já não lhe dava palco, o Judiciário virou o novo ringue para exibir sua “coerência” de dar inveja a qualquer malabarista ideológico.

A lição de casa que nunca foi feita

No dia 9 de maio de 2025, o juiz Júlio César Lima Praseres deu uma ordem simples: registre no seu nome a sala comercial nº 1010, no Edifício São Luís Officies. Valor pago, posse garantida, papel passado — mas nada disso convenceu Arnon a levantar da cadeira. Resultado? Multa de R$ 500,00 por dia e o carimbo de réu revel, já que preferiu o silêncio absoluto. Talvez estivesse ocupado ensaiando a próxima cantoria de palanque.

Prejuízo para quem realmente trabalha

Enquanto isso, os vendedores do imóvel, Ednir Nogueira dos Santos — idoso, portador de Parkinson e câncer de próstata — e Fabrício Belchior dos Santos, seguem presos a riscos tributários e burocráticos que já deveriam ter saído de suas costas. A ironia é pesada: quem luta com a Justiça para viver dignamente paga a conta da desobediência de quem se dizia paladino da moralidade.

O déjà-vu do CRCMA

Mas convenhamos: ninguém deveria estar surpreso. No CRCMA, Arnon já tinha mostrado seu estilo peculiar de “trabalhar”. Foram 12 faltas injustificadas em 2022, ignorância às intimações em 2023 e, claro, a cassação do cargo por 9 votos a 3. Se no Conselho o recado foi claro, no Judiciário a história se repete: ofícios ignorados, silêncio constrangedor e uma performance digna de quem usa as instituições apenas como trampolim para voos rasos.

Do animador de palanque ao réu de toga

Empurrado para a Assembleia Legislativa pelas mãos de Josimar Maranhãozinho, Arnon virou animador de convenções, entoando cânticos que até em festa infantil soariam exagerados. Agora, no palco da Justiça, o show é outro: não canta, não fala e não responde. Apenas acumula multas, descumpre ordens e coleciona manchetes que fariam corar até os aliados mais fiéis.

O “moralista” em ruínas

O mesmo Arnon que posava de guardião da família, da fé e da pátria hoje se esconde atrás da omissão e da subversão institucional. É o típico personagem que exige ética alheia enquanto pratica o desrespeito em casa. Afinal, como acreditar em quem foi cassado no Conselho, virou réu revel na Justiça e ainda ousa posar de conservador convicto?

No fim, fica a pergunta debochada que ecoa nos corredores: Filipe Arnon estaria treinando com o “01” as manhas de como se esquivar da Justiça ou segue mesmo sendo aluno nota zero na lição mais básica da vida pública — respeitar a lei?

Sair da versão mobile