Pinheiro vive uma escalada alarmante de violência que tem tirado o sono da população. Assassinatos frequentes, tiroteios em plena luz do dia e o medo constante de ser vítima de uma bala perdida têm transformado a rotina dos pinheirenses em um pesadelo. Em discurso inflamado na tribuna da Câmara Municipal, o vereador Elizeu de Tantan (PSD) expressou indignação com a insegurança e cobrou medidas imediatas do governo do Estado e da prefeitura para conter a onda de crimes.
Segundo Tantan, a violência em Pinheiro chegou a um ponto crítico: “Todo minuto há um assassinato no município, jovens morrendo de tiro, de bala”. Ele relatou que a população vive com medo, evitando sair de casa após as 17 horas, enquanto criminosos armados circulam livremente, exibindo armas e promovendo tiroteios. O vereador destacou a necessidade de um esforço conjunto entre a Polícia Militar, a Polícia Civil e as autoridades locais para enfrentar os bandidos e devolver a segurança às ruas.
Tantan criticou a falta de diálogo entre o prefeito de Pinheiro e o comando do 10º Batalhão da Polícia Militar, responsável pela segurança local. Ele lembrou que, durante sua gestão como presidente da Câmara, a prefeitura colaborava com o então comandante Fábio, mas atualmente essa parceria parece inexistente. “Era bom que o prefeito sentasse com o comandante para ver como ajudar a polícia militar do município”, afirmou. O vereador também apontou que o comandante atual já expôs, em vídeo recente, as dificuldades enfrentadas pela corporação, como falta de recursos e estrutura.
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O apelo de Tantan se estende ao governo do Estado, liderado pelo governador que, segundo ele, foi o mais votado em Pinheiro. “O governador tem que ver isso com bons olhos e ajudar a polícia militar do município”, destacou, enfatizando que a segurança ostensiva é responsabilidade estadual. Para pressionar por soluções, o vereador anunciou que buscará uma audiência com o coronel Schneider, secretário adjunto de Segurança Pública do Maranhão, na próxima sexta-feira, em São Luís. Ele também sugeriu a realização de uma audiência com o comandante do 10º Batalhão para discutir estratégias de enfrentamento à criminalidade.
A situação descrita por Tantan reflete um sentimento generalizado de medo e impotência entre os moradores de Pinheiro. Jovens assassinados, tiroteios constantes e a ausência de ações efetivas têm gerado revolta. “A verdade tem que ser dita. A população está trancada em casa, com medo de sair na porta”, desabafou o vereador, reforçando a urgência de um “basta” na violência.
A crise de segurança em Pinheiro expõe uma falha grave na coordenação entre os poderes municipal e estadual. A ausência de diálogo entre a prefeitura e o comando da PM, como apontado por Tantan, é um obstáculo para a implementação de medidas eficazes. Além disso, a falta de recursos para a polícia, mencionada pelo comandante do 10º Batalhão, evidencia a necessidade de maior investimento em estrutura, efetivo e equipamentos. O governo do Estado, apesar do apoio eleitoral recebido em Pinheiro, parece distante da realidade local, enquanto a população clama por ações concretas.
A crítica de Tantan ao prefeito também levanta questionamentos sobre a responsabilidade municipal. Embora a segurança pública seja competência estadual, a prefeitura pode contribuir com apoio logístico, como já ocorria em gestões anteriores. A falta de articulação entre os entes políticos agrava a sensação de abandono dos pinheirenses, que se veem reféns da criminalidade.
Para reverter esse cenário, é fundamental que o governo do Estado priorize Pinheiro, destinando mais recursos para a Polícia Militar e Civil, aumentando o efetivo nas ruas e investindo em inteligência policial para desarticular grupos criminosos. A prefeitura, por sua vez, deve assumir um papel ativo, promovendo parcerias com a PM e apoiando iniciativas que fortaleçam a segurança local. A audiência proposta por Tantan com o coronel Schneider pode ser um primeiro passo, mas é preciso que as promessas se convertam em ações rápidas e visíveis.
A população de Pinheiro merece viver sem medo, com a garantia de que poderá caminhar pelas ruas sem o risco de ser vítima da violência. A união entre governo, prefeitura e forças de segurança é o único caminho para dar um basta à crise que assola o município.