Já estamos vindo realizando a cobertura dos fatos políticos no município de São Bento a alguns anos, mas nunca nos deparamos com algum na magnitude que iremos narrar adiante. A corrupção a nível astronômicos.
O que vem acontecendo no município de São Bento é algum surreal para os dias atuais, mesmo com sistemas de fiscalização mais informatizados, com a maior facilidade do acesso à internet e dados não intimidam as más práticas com o dinheiro público.
Os professores até hoje estão lutando incansavelmente o direito ao reajuste que foi concedido pelo presidente da república, de 33,24%, eles já procuraram o prefeito Dino Penha por diversas vezes para dialogar sobre o reajuste salarial, entretanto, nunca chegaram a um consenso a respeito do tema, onde sempre foram ignorados pelo prefeito.
Dino Penha em contrapartida após grande impasse, propor apenas um reajuste de 10%, mas a classe continuou buscando a readequação original dos 33,24%, ele não reconsiderou e bateu o pé insistindo que já pagava o teto e que não teria condições de arcar com tal reajuste. O sindicato procurou guarita junto ao Ministério Público, que intermediando chegou ao percentual de 23% para reajuste, e outra vez a prefeitura estabeleceu que só daria reajuste de 10% através de uma nota, motivo que levou a classe a paralisar as atividades.
Tomada pelo descontentamento, desvalorização e com suspeitas que possíveis irregularidades estariam acontecendo com verbas da educação e esse seria o verdadeiro motivo para que o prefeito não concedesse o reajuste de 33,24%, a classe resolveu investigar o caminho das finanças da educação municipal.
Foi descoberto que no primeiro quadrimestre o município recebeu R$ 25.265.621,62, o que alavancou a curiosidade sobre o real destino de tanto dinheiro, visto que não se ver aplicação disso tudo na educação municipal.
A GRANDE DESCOBERTA
Junto a alguns portais de fiscalização e controle estadual, alguns professores encontraram informações que comprovam a existência de vários funcionários fantasmas da educação, entre esses muitos ghosts, se destacam cabos eleitorais, filhos e parentes de vereadores, ex-vereadores, parentes do secretário de administração.
Nessa primeira matéria trazemos os seguintes nomes que após triagem foram comprovados que nunca atuaram dentro do sistema de ensino de São Bento, nunca prestaram quaisquer serviços ou expediente em escolas ou outro órgão educacional municipal. São eles:
- GABRIELLE B S VIEGAS – sobrinha do vereador Joãozinho de João do Sangue, ela mora e estuda em São luis, e está na folha como coordenadora pedagógica;
- Eraldo F Pinheiro – do Outeiro, cabo eleitoral e recebe como coordenador pedagógico;
- LUIS B N LOBATO – vulgo: Bate Faca, está na folha como coordenador pedagógico;
- WERTH N R OLIVEIRA – trabalha como digitador, mas foi promovido só na folha para coordenador, ele é filho da vereadora Marines;
- VANESSA M ROCHA – esposa de Neto do Sindicato vereador, recebe como coordenadora pedagógica;
- TAISE B MORGADO – Esposa do vereador Igor Paiva, é enfermeira, porém recebe na folha como coordenadora pedagógica;
- LUCIJANE CASTRO – cunhada do secretário de administração, está na folha como professora contratada e, em simultâneo, coordenadora pedagógica;
- CLEUDER HENRIQUE – empresário e cabo eleitoral do prefeito recebe como coordenador pedagógico;
- GAMALIEL – Ex-vereador recebeu em 2021 como coordenador pedagógico;
- EDNA M M TEIXEIRA – mulher de Didi dos Correios que foi candidato a vereador, recebeu como coordenadora pedagógica;
- ARLINDO V BOTELHO – irmão de Badeco (secretário de administração) recebeu em 2021 como assessor técnico nível 1;
- GIVANILDO CARVALHO CAMPOS – recebe como assessor técnico nível 1 pela educação.
Ainda haverá outras matérias com nomes de funcionários que recebem pela prefeitura de São Bento sem prestar nenhum tipo de serviço. O caso em questão é de competência do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF), pois envolve verbas federais no pagamento de funcionários que só existem no papel.
Todos os citados têm comprovação de recebimento de verbas da educação via portal de controle estadual. São Bento sendo uma cidade pequena onde todos se conhecem ficou fácil identificar a fraude.
