Em um ato de completo desrespeito à categoria e afronta ao funcionalismo público, a Prefeitura de São José de Ribamar decidiu suspender o pagamento de parte dos professores da rede municipal justamente no feriado que homenageia o trabalhador. A categoria, que amanheceu com os contracheques em branco, só percebeu a gravidade da situação ao consultar o saldo bancário: nenhum centavo depositado.
Não é a primeira vez que a gestão ribamarense age com tamanho descaso. O mesmo absurdo se repetiu em dezembro e em fevereiro — sempre às vésperas de feriado prolongado, como se o calendário fosse usado de forma estratégica para minar a capacidade de reação dos trabalhadores.
A desculpa esfarrapada da Secretaria Municipal de Planejamento, Administração e Finanças (SEMPAF), repassada ao SINPROESEMMA, sindicato que representa a categoria, é um suposto acúmulo de cargos. A alegação soa como piada de mau gosto: os professores atingidos pela canetada já haviam apresentado documentos que comprovam a exoneração de outras funções e a compatibilidade de horários — sem falar que as ampliações de carga horária foram feitas de acordo com o edital.
Veja a nota do SINPROESEMMA
Revoltados, professores denunciam a humilhação nas redes sociais da prefeitura e organizam mobilização para ocupar o prédio da administração municipal na próxima segunda-feira. A paciência acabou. Eles exigem respeito, pagamento imediato e retratação pública.
O sindicato entrou com uma ação solicitando o pagametno imediato os salários atrasados dos
servidores públicos vinculados à Secretaria de Educação, e em caso de descumprimento, determinar o bloqueio judicial de 60% das verbas vinculadas ao FPM, FUNDEB e FNS, ou outras receitas municipais, suficientes para garantir o pagamento.
Veaj a petição abaixo:
Mais uma vez, o poder municipal pisa no trabalhador. Mais uma vez, a história se repete como farsa — e como crime social.
“Proletários de todos os países, uni-vos!” — Karl Marx