Enquanto o futebol maranhense agoniza em sua pior crise histórica, com clubes amadores lutando para sobreviver e a falta de investimento em infraestrutura e categorias de base, o presidente da Federação Maranhense de Futebol (FMF), Antônio Américo, parece viver em um mundo à parte. Apelidado de “sultão” pelos críticos, Américo comanda a FMF há 13 anos, acumulando um salário mensal de R$ 215 mil – valor que supera o de juízes, promotores e até políticos de alto escalão no Maranhão. Mas qual é o legado desse gestor para o esporte mais popular do estado? Segundo muitos, apenas viagens internacionais de luxo e uma gestão marcada por ineficiência.
Antônio Américo chegou à presidência da FMF como interino, prometendo uma passagem breve. No entanto, mais de uma década depois, ele permanece no cargo, sem sinais de querer “largar o osso”. Durante esse período, a CBF bancou suas frequentes viagens a outros estados e até ao exterior, onde Américo desfruta de destinos exuberantes, regados a privilégios, enquanto o futebol maranhense definha. Clubes locais enfrentam dificuldades financeiras, estádios estão abandonados, e o estado segue sem representantes competitivos em âmbito nacional.
A falta de transparência na FMF é outro ponto que gera indignação. Sem fiscalização rigorosa, a federação opera como um feudo, onde o “sultão” reina sem prestar contas. Enquanto isso, a pergunta que ecoa entre torcedores e jornalistas é: qual o legado de Américo? Após 13 anos, não há avanços significativos no futebol estadual. Não há investimento em formação de atletas, modernização de estruturas ou fortalecimento dos clubes. O maior feito do presidente parece ser o de ostentar um dos maiores salários do Maranhão, causando inveja até em desembargadores e procuradores.
O contraste entre a opulência do “sultão” e a miséria do futebol maranhense é gritante. Enquanto Américo curte suas viagens, os jogadores locais enfrentam salários atrasados e outra parte nem salário tem, e os torcedores veem o esporte que amam desaparecer. A perpetuação de um gestor que não entrega resultados é um símbolo do atraso que o Maranhão enfrenta no esporte. Resta saber até quando o futebol maranhense continuará refém de uma gestão que prioriza o luxo pessoal em detrimento do desenvolvimento coletivo.