O presidente da Câmara de Vereadores de Paço do Lumiar, Fernando Feitosa (Podemos) atualmente conhecido como P. Diddy luminense, após a famigerada festa da jujuba drogada, que ascendeu ao cargo com um discurso de renovação e transparência, encontra-se no centro de uma polêmica envolvendo vultosos gastos com escritórios de advocacia e contabilidade. Desde que assumiu a chefia do legislativo municipal, Feitosa autorizou pagamentos que somam quase R$ 250 mil para apenas três empresas, levantando questionamentos sobre a economicidade e a lisura de sua gestão.
Até o dia 30 de junho, a Câmara de Paço do Lumiar desembolsou um total de R$ 237 mil. Os contratos beneficiaram o escritório MARCOS ANDRADE SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA, que recebeu R$ 100 mil, a MAIA CONSULTORIA CONTABIL LTDA, com um pagamento de R$ 92 mil, e o escritório MALONE FRANCA NUNES SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA, que faturou R$ 45 mil.
A situação torna-se ainda mais controversa ao se recordar o passado recente de Feitosa. Antes de presidir a casa legislativa, o vereador era um crítico contumaz da ex-prefeita Paula da Pindoba (PCdoB), apontando falhas em diversas áreas da administração municipal. No entanto, desde que o atual prefeito, Fred Campos (PSB), assumiu o poder executivo, a postura combativa de Feitosa deu lugar a um silêncio que tem chamado a atenção e gerado críticas.
Fontes apontam que a gestão de Feitosa na Câmara tem sido uma das mais obscuras dos últimos tempos. Além dos contratos com os escritórios, há suspeitas de favorecimento em outras licitações, superfaturamento e um considerável inchaço da folha de pagamento, com a criação e nomeação de centenas de novos cargos. A promessa de transparência parece ter ficado no palanque, enquanto as ações do presidente do legislativo levantam mais perguntas do que respostas.
O mutismo de Feitosa em relação aos atos do prefeito Fred Campos contrasta fortemente com sua antiga eloquência. A mudança de postura alimenta especulações sobre um possível alinhamento político que teria custado a independência do poder legislativo e, consequentemente, a fiscalização efetiva do executivo municipal.
Enquanto os gastos com assessorias jurídica e contábil se acumulam, a população de Paço do Lumiar aguarda por esclarecimentos e por uma gestão que, de fato, honre os princípios da transparência e da responsabilidade com o dinheiro público.