Agência Assembleia/ Foto: Miguel Viegas
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O programa ‘Café com Notícias’, da TV Assembleia, desta segunda-feira (17), entrevistou a médica hematologista do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão (Hemomar), Gilnara Fontinelle. Ela falou sobre a campanha Junho Vermelho, de incentivo à doação de sangue durante os festejos juninos.
Gilnara Fontinelle explicou que, neste período de festejos juninos e de férias, é necessário promover a campanha de incentivo de doação de sangue em razão do aumento da demanda.
“Infelizmente, a gente tem períodos em que o estoque está pior e outros em que não está tão ruim. Neste período, agora, por conta dos festejos e das férias escolares, o estoque tende a cair e, por isto, a gente precisa fazer essa campanha para alertar sobre a necessidade da doação de sangue”, destacou.
A médica hematologista explicou que, neste período, as pessoas tendem a doar menos porque estão envolvidas em outras atividades laborais que lhes ocupam mais. “Por isso, menos pessoas tiram um tempo para doar sangue, o que leva à redução do estoque de sangue”, explicou.
Banco de doadores
Gilnara Fontinelle revelou que o Hemomar conta com um grupo de doadores fidelizados, ou seja, pessoas que regularmente fazem doação de sangue. “Essas pessoas integram nosso banco de doadores e, em situações de emergência, são convocados para participar ativamente. São doadores especiais”, ressaltou.
“A cultura da doação de sangue ainda não é tão forte no Brasil, especialmente no Maranhão. À proporção que pessoas famosas são acometidas de doenças hematológicas e precisam de doação de sangue, ocorre um aumento na doação espontânea de sangue. Infelizmente, ainda não temos essa doação constante, espontânea, durante todo o ano”, acentuou.
Gilnara Fontinelle explicou que existe uma demanda previsível, que é uma necessidade periódica de doação, que não está sendo atingida com o estoque atual.
“Por isso que há a necessidade dessa campanha de doação, uma vez que é um ato voluntário. Como neste período nosso estoque está reduzido, precisamos aumentar a doação para que as pessoas necessitadas não corram risco. Portanto, precisamos chamar a atenção em períodos como o de agora, por meio dessa campanha, no sentido de se aumentar o estoque de sangue”, salientou.
Conscientização
“As pessoas podem doar de três a quatro vezes por ano. Pode-se fazer a doação, regularmente, como quaisquer outros hábitos. No interior de São Paulo, a cultura de doação de sangue é tão forte que os hemocentros precisam fazer agendamento de doadores. Aqui, infelizmente, ainda não chegamos a esse estágio”, frisou.
Historicamente, neste período de festas, temos redução no estoque de sangue e passamos por momentos em que precisamos apelar para os familiares. “Em momentos críticos, convocamos familiares para nos atender. Geralmente, os doadores são pessoas que já passaram por necessidade de doação de sangue. São pessoas que aprenderam pela dor”, afirmou.
Mito
Por fim, Gilnara Fontinelle esclareceu o mito de que as pessoas que doam sangue vão virar anêmicos e vão precisar de sangue mais tarde.
“É frequente, infelizmente, a gente ouvir pessoas dizerem que não vão doar sangue porque se não vou acabar meu sangue e vou afinar. Isto não existe, porque nosso organismo dispõe de uma “fábrica de produção de sangue” chamada medula óssea, que atua constantemente no nosso organismo”, finalizou.
O “Café com Notícias” é apresentado pela jornalista Elda Borges e exibido de segunda a sexta-feira, às 9h, na TV Assembleia (canal aberto digital 9.2; Maxx TV, canal 17; e Sky, canal 309).
