Agência Assembleia
Nesta segunda-feira (22), o programa ‘Pautas Femininas’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), deu continuidade a uma série de entrevistas voltadas para o ‘Julho das Pretas’, que busca fortalecer direitos e obter reparações históricas para as mulheres negras.
A apresentadora do programa, Josélia Fonseca, recebeu como convidada a advogada Caroline Caetano, presidente da Comissão de Promoção de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MA).
Inicialmente, Caroline destacou o papel da Comissão de Promoção e Igualdade Racial no contexto da luta das mulheres por igualdade na sociedade brasileira e maranhense.
“Nosso papel é propor o debate e ouvir a sociedade civil organizada quanto às políticas públicas necessárias para a garantia dos direitos das mulheres. No Maranhão, estamos avançando nessa perspectiva de construção social com foco na equidade, garantindo o direito e acesso a todos. Sabemos que existe a discriminação, mas o que temos que fazer é criar ferramentas e mecanismos de inserção das mulheres na sociedade”, frisou.
Dentre as ações realizadas nesse sentido, ela destacou o lançamento do Observatório de Candidaturas Femininas pela OAB/MA, que vai contribuir para o fortalecimento da rede de proteção a todas as formas de violência contra as mulheres.
Programação
No Maranhão, no dia 24 de julho, a OAB/MA realizará uma programação comemorativa ao Dia da Mulher Negra e Caribenha, comemorado em 25 de julho, com a realização, dentre outras coisas, de uma exposição com mulheres afro-empreendedoras.
Grande Marcha
Outra ação destacada por Caroline foi a realização do evento “Mulheres Negras em Marcha pela Reparação e Bem-Viver”, que acontecerá em novembro de 2025, em Brasília.
Violência
Caroline disse que, a partir da discussão junto à sociedade civil, se constata uma série de violências contra as mulheres, sobretudo as mulheres negras.
“Hoje, não temos ferramentas e mecanismos suficientes para garantir os direitos das mulheres, principalmente as mulheres negras. Por isso, precisamos pautar esse debate com a sociedade e construir instrumentos e mecanismos que possam garantir esses direitos”, defendeu.