Ministério da Infraestrutura articula com aéreas alternativas para o transporte dos equipamentos adquiridos pelo Ministério da Saúde na China
O Governo Federal prepara uma megaoperação para trazer ao Brasil 240 milhões de máscaras de proteção, adquiridas pelo Ministério da Saúde na China. O Ministério da Infraestrutura (MInfra), encarregado da logística, está fazendo consultas a companhias aéreas nacionais e estrangeiras para viabilizar o frete da carga, que soma 960 toneladas, a partir de Guangzhou. Para o transporte dos equipamentos, que devem começar a chegar ao Brasil em 15 dias, será concedido status de voo de Estado, com as prerrogativas de prioridade de pouso e decolagem.
O MInfra desenvolveu um plano de logística e distribuição, em apoio ao Ministério da Saúde, durante o enfrentamento ao Covid-19. O plano nacional abrange ações para garantir agilidade no transporte de material importado, no desembaraço aduaneiro nos aeroportos e na distribuição dos equipamentos entre as 27 unidades da federação. O ministério também está buscando parceiros privados dispostos a custear o frete das máscaras até o Brasil.
O Ministério da Infraestrutura mapeou toda a malha aérea essencial que segue operando, bem como a utilização de cargueiros comerciais, aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), veículos oficiais de estados e também o apoio de grandes empresas importadoras que ofereceram sua estrutura logística ao Governo Federal. “Num esforço de governo para enfrentar a pandemia, vamos garantir o transporte da carga de equipamentos médicos importados até o Brasil e a sua distribuição nos estados”, disse o ministro Tarcísio Gomes de Freitas. “Atuamos em estreita cooperação com a área da saúde para auxiliarmos sempre que houver gargalos ou dificuldades operacionais na estratégia já estabelecida para atendimento das necessidades do país”, destacou Freitas.
TESTES RÁPIDOS – Para trazer a carga de 960 toneladas de máscaras cirúrgicas de três camadas e também do modelo N95 ao Brasil, o MInfra estima que serão necessários até 40 voos, a depender do tamanho das aeronaves envolvidas. Cada voo pode durar 40 horas, desde a partida da China, envolvendo pelo menos uma escala, até a chegada ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. O Ministério da Infraestrutura também está em contato com o Itamaraty para definir as melhores opções de parada das aeronaves no exterior até a chegada ao Brasil.
Além da megaoperação, o Ministério da Infraestrutura já está atuando para viabilizar a chegada de pelo menos 11 voos cargueiros contratados pela Vale, também a partir da China, com 540 toneladas de testes rápidos, luvas, aventais, óculos, máscaras cirúrgicas e N95 doados pela empresa. O primeiro voo chegou na semana passada com 500 mil kits de testes rápidos. A segunda carga está prevista para chegar a São Paulo/SP na tarde desta quinta-feira (9), com kits e máscaras. A partir da capital paulista, os equipamentos serão distribuídos pelo Ministério da Saúde para todo o sistema.
A articulação do Minfra com companhias aéreas, operadores aeroportuários, Receita Federal, Polícia Federal, Anvisa e Vigiagro tem garantido as melhores alternativas de voos, rotas e agilidade no desembarque e na distribuição da carga nos estados. Nesta semana, o ministério agiu em parceria com o Governo de Roraima para fazer chegar ao estado, na quarta-feira (8), um carregamento de itens de proteção comprados em Santa Catarina. A carga partiu do Sul por transporte rodoviário até o Aeroporto Internacional de Guarulhos/SP. De lá, embarcou num cargueiro para o Aeroporto Internacional de Manaus/AM e, em seguida, até Boa Vista/RR de caminhão.
Fonte: Ministério da Infraestrutura