Em meio a pressão popular e da mídia local e grande repercussão nacional, a Polícia Civil do Maranhão solicitou à Justiça, na manhã desta terça-feira (8), o mandado de prisão preventiva contra o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT). A decisão ocorre apenas um dia após o gestor ter se apresentado espontaneamente, prestado depoimento e sido liberado para responder em liberdade pela morte do policial militar Geidson Thiago dos Santos.
A mudança de postura das autoridades acontece em meio a uma forte onda de pressão popular e intensa cobertura da mídia, que questionaram a liberação inicial do prefeito. O crime, ocorrido durante uma vaquejada em Trizidela do Vale no último domingo (6), chocou o estado e levantou um debate sobre privilégios e a aplicação da lei.
O secretário de Segurança Pública do Maranhão, Maurício Ribeiro Martins, confirmou o avanço nas investigações. “A Polícia Civil do Maranhão requereu à Justiça, na manhã desta terça-feira (8), a prisão do prefeito de Igarapé Grande, suspeito de atirar contra o policial militar“, afirmou em nota. O secretário também reiterou o compromisso das forças de segurança com uma apuração rigorosa. “Reiteramos nossa solidariedade à família, amigos e companheiros de farda do soldado Dos Santos e reafirmamos o compromisso das forças de segurança com a apuração rigorosa dos fatos na busca pela verdade e justiça“, completou Martins.
A expedição do mandado de prisão preventiva quanto for atendido representará uma resposta direta aos clamores da sociedade e da família da vítima, que temiam que o caso pudesse ser tratado com leniência devido ao cargo ocupado pelo suspeito. A situação inicial, onde o prefeito admitiu o disparo com uma arma ilegal, descartou a prova do crime e ainda assim foi liberado, causou perplexidade e indignação.
O caso segue em desenvolvimento, e a captura do prefeito João Vitor Xavier é aguardada a qualquer momento.