Uma bomba caiu no cenário político do Maranhão nesta segunda-feira (14). A Justiça finalmente decretou a prisão preventiva de João Vítor Peixoto Moura Xavier (PDT), prefeito de Igarapé Grande, que confessou ter assassinado o policial militar Dos Santos com cinco tiros pelas costas. A decisão, assinada pelo juiz Luiz Emílio Braúna Bittencourt Júnior, da 2ª Vara de Pedreiras, representa um novo capítulo no caso que tem chocado a região.
O crime, ocorrido durante uma vaquejada em Trizidela do Vale no último dia 6 de julho, gerou uma onda de indignação e revolta, principalmente pela aparente lentidão da Justiça. Mesmo após a Polícia Civil ter representado pela prisão do gestor dias atrás, João Vítor permanecia em liberdade, despachando normalmente da prefeitura, o que causava um sentimento de impunidade na população.
A decisão judicial desta segunda-feira não se limitou a determinar a reclusão do prefeito em uma unidade prisional. O magistrado também autorizou mandados de busca e apreensão a serem cumpridos na residência do acusado e no gabinete da Prefeitura de Igarapé Grande. A ordem permite que a polícia recolha armas, celulares, computadores e quaisquer outros materiais que possam ser cruciais para a elucidação completa do crime.
Um ponto chave da determinação é a quebra do sigilo dos dados contidos nos aparelhos eletrônicos que vierem a ser apreendidos, o que pode revelar novas informações sobre a motivação e as circunstâncias da execução do policial.
A comunidade local e a família do PM Dos Santos, que clamavam por justiça, recebem a notícia com um misto de alívio e expectativa. A grande questão que paira no ar é: com o mandado em mãos, as autoridades agirão com a celeridade que o caso exige? A população agora aguarda os próximos desdobramentos, esperando que a prisão de João Vítor seja efetuada sem demora e que ele responda pelo crime atrás das grades, como qualquer cidadão comum.
A crítica que fica é sobre a demora do sistema em agir. Por que um homem que confessou um crime tão brutal, um agente do Estado eleito para servir ao povo, pôde permanecer solto por tanto tempo? A decisão de hoje é um passo importante, mas também um lembrete da necessidade de uma justiça mais ágil e firme, que não hesite diante do poder político.
Aguardando mais informações para trazer decisão na integra.