BOMBA! MPC quer suspender contratos de prefeituras maranhenses com empresa do Piauí ré por tráfico e lavagem de dinheiro; contratos somam quase R$ 40 milhões somente em 2025

A Central de Investigações do blog Joerdson Rodrigues descobriu um megaescândalo que abala as prefeituras do Maranhão. O Ministério Público de Contas (MPC/MA) entrou com Representações urgentes no Tribunal de Contas do Estado (TCE) para suspender imediatamente todos os contratos e pagamentos a uma empresa com laços profundos com o crime organizado.

Trata-se da Mais Saúde Ltda, contratada por 23 prefeituras maranhenses somente em 2025 para fornecimento de medicamentos e insumos médicos, com contratos que somam o impressionante valor de R$ 39.109.851,19 (trinta e nove milhões cento e nove mil oitocentos e cinquenta e um reais e dezenove centavos). O blog alerta: este montante é referente apenas a 2025, mas o valor total de 2022 até hoje pode chegar à casa das centenas de milhões de reais em contratos com o poder público.

O motivo da intervenção do MPC é gravíssimo: a Mais Saúde Ltda ré em processo criminal, que é desdobramento de medidas investigativas e ações penais em curso no bojo dos processos nº 0830694-28.2021.8.10.0001, 0831510-10.2021.8.10.0001 e 0831512- 77.2021.8.10.0001, todos tramitando na Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados da Comarca de São Luís. Esse processo são decorrentes das famosas Operações Mormaço e Barão Vermelho, a empresa é apontada como parte de uma organização criminosa envolvida em crimes chocantes como tráfico de drogas, comércio ilegal de arma de fogo e, principalmente, lavagem de dinheiro.

Em razão disso, a Justiça já decretou a indisponibilidade dos bens e o bloqueio de todas as contas bancárias da Mais Saúde Ltda, além da interdição de suas atividades econômicas. O próprio MPC aponta, em sua Representação contra alguns municípios impetrados nesta segunda-feira (6), que a empresa não tem condições operacionais de cumprir os contratos.

O Procurador do caso, do Ministério Público de Contas, argumenta que, com a empresa totalmente impedida de operar e sem poder pagar fornecedores ou funcionários, o dinheiro público pago pelas prefeituras será automaticamente bloqueado pelo Judiciário.

O pior cenário, no entanto, é o de que, se o bloqueio for revogado, esse dinheiro público pode ser imediatamente desviado ou utilizado para financiar as operações criminosas da quadrilha.

Diante do “fundado receio de grave lesão ao erário”, o MPC exige não apenas a suspensão dos pagamentos, mas também uma inspeção in loco para verificar a execução dos contratos e apurar a existência de superfaturamento, garantindo que a saúde e o dinheiro do Maranhão não acabem nas mãos do crime.

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