A Comarca de Bacuri realizou quatro sessões do Tribunal do Júri, no período de 4 a 7 de julho. Os julgamentos, realizados em Bacuri e no termo judiciário de Apicum-Açu, foram presididos pelo magistrado Humberto Alves Júnior, titular da Vara Única de Mirinzal e respondendo por Bacuri.
No dia 4, na Câmara Municipal de Apicum-Açu, foi julgado José Claudionor Neto acusado de homicídio qualificado contra Gilvando Fonseca, por motivo fútil em virtude de uma discussão banal entre a vítima e o pai do réu. “Após o início da troca de ofensas entre a vítima e o réu impronunciado, José Claudionor Neto sacou um revólver e apontou para a vítima, que tentou se esconder primeiramente atrás de uma pessoa e posteriormente atrás de outra, sendo alvejada na altura do peito, vindo a óbito”, frisa a denúncia do Ministério Público. José Claudionor Neto foi condenado a 16 anos e 6 meses de reclusão a serem cumpridos, inicialmente, em regime fechado.
No dia 5, foram a julgamento os réus Wanderson Ramos e Claudemir de Oliveira, acusados de matar a vítima Carlos Miguel Braga. Consta na denúncia que, no dia 01 de dezembro de 2017, os acusados desferiram várias pauladas na região da cabeça da vítima, ocasionando a sua morte, em razão da vítima ter passado informações à polícia sobre os possíveis autores de um crime de roubo ocorrido no dia 15 de novembro de 2017. Wanderson Ramos foi reconhecido pelos Jurados como inocente, sendo absolvido; já Claudemir de Oliveira foi declarado culpado e condenado a 19 anos e 3 meses de reclusão a serem cumpridos, inicialmente, em regime fechado.
Dia 6, Eulálio Mendes Pinto e Carlenilson Ferreira Furtado sentaram no banco dos réus, acusados de matar Willame Amorim Monteiro, a golpes de facão na região da cabeça e tórax, sem qualquer possibilidade de defesa para a vítima. O Conselho de Sentença condenou, ambos, Eulálio Pinto e Carlenilson Furtado, a 16 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado.
No dia 7, Juniel Carreira Pinto foi absolvido pelo Tribunal do Júri. Ele era acusado de ter tirado a vida Clenilson de Oliveira.
As sessões contaram com a atuação do promotor de Justiça Igor Adriano Trinta Marques, titular da Comarca de Cururupu e respondendo pela Comarca Bacuri; e com os advogados Jairo Israel França Marques, Talmon Costa Silva de Menezes, Jurandy Silva, Janilson Lago, Hugo Leonardo Rubim.
O juiz Humberto Júnior ressaltou o esforço realizado pela equipe da Comarca de Bacuri para realização dos julgamentos. “Neste mutirão tivemos o julgamento de um processo com quase 10 anos de tramitação e que estava pendente de uma resposta para a sociedade. Os objetivos foram alcançados, pois cumprimos com nossa missão constitucional de entregar Justiça”, destacou.
O promotor de Justiça lembrou que, após quase três anos respondendo pelos municípios de Bacuri e Apicum-açu, foram as primeiras sessões de Júri designadas pelo Poder Judiciário. “Enalteço o comprometimento do juiz de direito Humberto Júnior, e de toda a sua equipe para a realização dessa semana de julgamentos”, frisou Igor Marques.
Já o advogado Hugo Leonardo Rubim, pontuou que advogado militante na região, foi muito gratificante poder participar dessa retomada das sessões do Tribunal do Júri na Comarca de Bacuri.