A política brasileira é, infelizmente, repleta de casos de escândalos, e o caso da vereadora de Alcântara, Nathalia Biné (PDT), vem à tona como mais um exemplo desse cenário. Conhecida por pregar bons costumes e apontar contra a corrupção, a vereadora enfrenta agora a exposição de seu passado como funcionária fantasma na gestão do ex-prefeito Domingos Araken.
Registros obtidos através da Lei de Acesso à Informação apontam que Nathalia Biné foi oficialmente registrada no cargo em comissão de Diretora da Divisão de Assistência Farmacêutica na Secretaria Municipal de Saúde na gestão a época, recebendo salário integral durante o tempo que permaneceu nomeada.
Primeiramente, fatos apurados apontam que relatórios de ponto e presença da época não registram a frequência da vereadora nos locais de trabalho aos quais estava designada. O quadro de funcionários, onde ela supostamente trabalhava, não possui registros de sua atuação durante o período.
Com regalias por seu pai no período ser líder do governo na Câmara, ela conseguiu a boquinha e é de conhecimento público que a mesma nunca pisou no local de trabalho, que foi nomeada a época. Obtivemos depoimento de algumas pessoas que por medo de perseguição não quiseram ter seus nomes revelados.
“Aqui em Alcântara isso é algum muito comum nas gestões que já passaram pela prefeitura e de fato essa pessoa em questão se beneficiou dessa forma que foi publicado na matéria, ela era nomeada com Araken porque o pai era vereador e nunca pisou no local de trabalho”, disse uma testemunha.
O passado de Nathalia Biné, portanto, desafia sua retórica atual de combate à corrupção. As provas apresentadas demonstram que a vereadora, durante a gestão do ex-prefeito Domingos Araken, se beneficiou de práticas que ela agora condena. Cabe à sociedade e aos órgãos de controle cobrar responsabilidade e transparência dos políticos que, como Nathalia, trazem em seu histórico indícios de má conduta.
Confira as provas que ligam a atual vereadora ao cargo que recebia sem trabalhar:
