São Luís, a amada capital maranhense, sempre se orgulhou de suas ricas tradições culturais e festividades folclóricas. Mas, infelizmente, uma sombra de descaso parece pairar sobre o projeto São João 2023, da Prefeitura de São Luís, que promete ser um dos mais caros da história, deixando uma amarga sensação de desrespeito com os artistas locais e mau uso do dinheiro público.
Os investimentos chegam a cifras milionárias para o São João 2023, a ser realizada na Praça Maria Aragão, São João no Bairro e São João da Prefs. O orçamento para a organização do evento pela empresa ORGANIZAÇÃO NAVE foi orçado em impressionantes R$ 6.236.108,00 (seis milhões e duzentos e trinta e seis mil e cento e oito reais), para um contrato de três meses. Uma soma exorbitante que, se bem administrada, poderia proporcionar inúmeros benefícios a cultuara local e à cidade.
A importância de fomentar a cultura local é indiscutível. As tradições e expressões culturais não são apenas elementos da identidade ludovicense e maranhense, mas também motores econômicos que geram emprego e renda nos bairros. Em um mundo cada vez mais digital, é mais importante do que nunca manter vivas as tradições que definem quem somos.
A gestão de Eduardo Braide (PSD), no entanto, parece não dar a devida prioridade à cultura ludovicense. Há uma necessidade urgente de um olhar mais apurado e consciente para os donos de manifestações folclóricas e seus participantes. Incentivar essa classe popular é mais do que uma questão de preservar a cultura, é uma questão de justiça social e desenvolvimento econômico.
O São João 2023 de São Luís promete ser uma festa para poucos, a um preço altíssimo. Espera-se que a cultura e artistas locais, tão ricos em talento e tradição, não sejam deixados para trás nesse processo. É tempo de rever as prioridades, valorizar o patrimônio cultural e garantir que o São João continue a ser uma celebração de toda a cidade, não apenas de uma elite privilegiada.