O município de Palmeirândia, em um cenário de economia frágil, tem a Prefeitura como a principal fonte de emprego e, portanto, de movimentação econômica. Contudo, as ações recentes da administração local têm gerado preocupações quanto à estabilidade financeira do município e à garantia de direitos dos servidores públicos, especialmente aqueles que atuam na área da educação.
Em Palmeirândia, grande parte dos funcionários municipais são vinculados ao setor educacional – professores, auxiliares, porteiros, vigias, merendeiras, entre outros. Esses profissionais são fundamentais não apenas para a manutenção e qualidade do sistema de ensino, mas também para a economia local. Seus salários, de fato, são um dos principais combustíveis para o comércio e serviços da cidade.
No entanto, a gestão do prefeito Edison da Alvorada vem tomando medidas que preocupam a comunidade escolar e o público em geral. Reajustes de professores têm sido ignorados, e pagamentos relacionados a sobras de recursos não estão sendo realizados. Além disso, tem sido relatada uma aparente perseguição política a opositores através do uso indevido da máquina pública.
A decisão foi imposta na manhã desta quinta-feira (6) durante reunião da secretária de Educação com gestores escolares, eles foram informados que os funcionários contratados serão demitidos durante o período de férias, a estimativa é que eles fiquem aproximadamente um mês sem salários. Com essa ação, centenas de pais e mães de família se veem agora desamparados, sem renda e com contas a pagar, criando uma atmosfera de insegurança financeira.
A decisão de demissão em massa parece ainda mais irresponsável quando consideramos que a verba federal do Fundeb, destinada à educação, continuará a ser repassada à Prefeitura. É esperado que o prefeito Edison da Alvorada se pronuncie publicamente e explique a razão de tal medida. A população e os servidores municipais aguardam esclarecimentos sobre o destino desses recursos economizados com as demissões.
Em um contexto em que a economia local já se encontra debilitada, as demissões em massa podem gerar impactos negativos significativos. A perda de renda de centenas de famílias pode repercutir na queda do consumo, afetando o comércio local e, por consequência, a arrecadação municipal.
É imprescindível que o poder público tenha sensibilidade e comprometimento com a população que serve. Ações que provocam instabilidade e insegurança, além de serem um desrespeito aos direitos dos servidores, são prejudiciais à economia e ao bem-estar social. O momento é de união e esforços conjuntos para o fortalecimento da economia e da educação local, ao invés de medidas que trazem mais incertezas e problemas.