Jailson Fausto é consagrado o maior líder político atual de Lima Campos. Habilidoso esperou quietinho e sem reclamar a sua hora de ser prefeito. Quando prefeito soube botar imobilizados em seu lugar todos os que podiam lhe ameaçar o poderio e armou uma estrutura que seu poder parecia inabalável. Elegeu sua candidata com tranquilidade abissal. Fez um governo que para os incautos parecia extraordinário, porém, com oposição inábil e povo desinformado, ninguém sabia que Jailson recebia por mês uma bolada milionária que nenhum prefeito na história de Lima Campos jamais recebera: os tais royallities do gás. Daí a CIDADE EM PROGRESSO. O povo achava que o prefeito era extraordinário por suas obras. Não era. Extraordinária era a bolada que ele recebia e que seus antecessores nunca receberam e ninguém se interessava em se dar conta. Mesmo assim fez bons mandatos. Minha crítica a ele era que Jailson preferiu investir no cimento e na tinta numa cidade tão carente do investimento no ser humano. Mas tudo bem. Perante uma oposição sem projeto para a coletividade, melhor Jailson que eles.
Dona Dirce veio e investiu no humano. Gratificante ver uma mulher simples e humilde, sem gana pelo poder, fazer tanto em tão pouco tempo.
Agora vem Jailson de novo. E é hora de SER JAILSON DE NOVO! EU SOU JAILSON!
Mas algo me preocupa severamente.
Um governo do estado incompetente, falido, que atrasa os médicos 05 meses, deixa hospitais sem comida e sem medicamentos, com o pires na mão fazendo empréstimos em Brasília, investe milhões para derrubar Jailson Fausto. Não tem dinheiro pra pagar médicos, mas tem milhões para o São João da oposição, o Carnaval da oposição, o rally da oposição…
E parece que Jailson e seu grupo não estão tão atentos ao risco que estão correndo.
Se analisarmos friamente os resultados das eleições de Lima Campos de Jailson pra cá, a diferença é matemática simples: Jailson tem um montante eleitoral que NÃO VOTA NELE EM HIPÓTESE ALGUMA E UM MONTANTE QUE LHE GARANTE A VITÓRIA. E essa diferença não é grande!
E um candidato jovem, carismático, amigo de todos, saído do grupo do próprio Jailson, de herança política, com patrimônio financeiro, com postura de líder, SEM REJEIÇÃO, apoiado pela máquina do estado tira essa diferença muito fácil.
E Jailson ainda lida com outros inimigos muito próximos: sua vaidade pessoal, uma quantidade imensa de contratados que somente o toleram mas não lhe gostam e o pior – um grupo político bajulador que não lhe abre os olhos para a realidade, só lhe aplaude e subestima o adversário.
O maior erro numa eleição é subestimar o adversário. E o maior inimigo do político é o babão. E é disso que Jailson está rodeado: bajuladores. Maquiavel alerta muito bem sobre eles.
Exemplos de Maquiavel que servem bem Jailson Fausto: “Príncipe, conquiste pelo respeito. Jamais pelo medo. Quem te respeita te defende na tua ausência e no teu erro. Quem te tem medo te trai.”
“Príncipe, cuidado com os bajuladores. Eles te aplaudem enquanto te vêem caminhando para o precipício. Prontos que estão para aplaudir teu sucessor após tua queda.”
Um dia desses eu fui falar desse assunto com um grande aliado de Jailson e recebi uma repreenda: “O senhor não conhece nada da política de Lima Campos! Não temos nada a temer!” Nem me deixou falar. É gente assim que quebra a cara na política… Esquece que quem está de fora vê melhor e vê o que quem está dentro está impossibilitado de enxergar…
Da eleição municipal depende a eleição estadual. Brandão está rompido com Dino. Não quer cumprir o acordo com Dino de eleger seu sucessor Camarão. Quer como seu sucessor ou seu sobrinho Orleans Brandão (melhor amigo de Léo Fontes) ou a Presidente da Assembleia Legislativa Iracema Vale. Precisa eleger a maior parte de prefeitos dele para impor seu sucessor a revelia da vontade de Dino. Precisa, portanto, do obediente e grato Léo Fontes prefeito de Lima Campos.
Portanto, para não esticar muito, se Jailson brincar e não mudar seu estilo de fazer política e continuar a subestimar, Léo tem tudo pra faturar a eleição na antiga Colônia.
Escritpo por: Allan Roberto Costa Silva, analista político.