O ano de 2025 começou com polêmicas sobre orçamentos e gastos entre a Câmara de Vereadores de São Luís e a Prefeitura, uma queda de braço com ameaça de judicialização e vídeos em redes sociais feitos pelo prefeito e alguns vereadores esquentam essa disputa. Para trazer mais luz e clareza sobre gestão de recursos o blog Joerdson Rodrigues realizou uma analise sobre recursos e gastos realizados pela Câmara e revelou que, nos últimos dois anos, o presidente da Câmara, Paulo Victor (PSB), geriu um montante impressionante de R$ 265 milhões, levantando questionamentos sobre o destino desses recursos.
Entre 2023 e 2024, a Câmara de São Luís gastou R$ 265.057.602,45, sendo R$ 134 milhões apenas em 2023 e R$ 130 milhões em 2024. Os números, por si só, já seriam motivo de debate, mas o que mais chama a atenção são os destinatários desses recursos. Empresas como a Texto E Arte Propaganda Ltda, que recebeu R$ 4,8 milhões em 2023, e o badalado escritório de advocacia Maranhão Advogados Associados, que faturou R$ 80 mil em 2024, estão entre os credores que mais se beneficiaram durante a gestão de Paulo Victor.
A falta de clareza sobre esses gastos e a ausência de fiscalização por parte de órgãos de controle e da imprensa tradicional têm levantado suspeitas sobre possíveis irregularidades. Enquanto isso, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) já iniciou uma investigação para apurar os gastos da Câmara durante a gestão de Paulo Victor. Um relatório detalhado deve ser divulgado em breve, após a conclusão das inspeções.
A situação expõe uma contradição gritante: a Câmara, que deveria zelar pelo bom uso do dinheiro público, parece não aplicar o mesmo rigor aos seus próprios gastos. Enquanto a população de São Luís enfrenta desafios no seu dia-dia precárias, os R$ 265 milhões gastos em dois anos pela casa legislativa geram desconforto e indignação.
A pergunta que fica é: para onde foi todo esse dinheiro? Enquanto o TCE não divulga seu relatório, a sociedade aguarda respostas. A falta de transparência e o volume expressivo de recursos gastos em um curto período reforçam a necessidade de um controle mais rígido sobre os orçamentos públicos. Afinal, fiscalizar é preciso, mas também é preciso ser fiscalizado.
Veja os gastos
2023
2024