A gestão do prefeito de São Bento, Dino Penha (MDB), está novamente no centro de críticas após a divulgação de uma licitação que prevê gastos de mais de R$ 2,1 milhões com eventos para o ano de 2025. Enquanto isso, moradores de diversos bairros reclamam da falta de investimentos em infraestrutura básica, como iluminação pública, abastecimento de água e acessibilidade para idosos e pessoas com deficiência.
No último dia 11 de fevereiro, a Comissão de Contratação do Município de São Bento divulgou o resultado do Pregão Eletrônico nº 02/2025, que selecionou a empresa J J DO CARMO PRODUÇÕES E EVENTOS LTDA, de Pinheiro, para prestar serviços de realização de eventos. O valor total do contrato é de R$ 2.184.562,50 (dois milhões, cento e oitenta e quatro mil, quinhentos e sessenta e dois reais e cinquenta centavos).

A decisão de priorizar gastos milionários com eventos, em um momento em que a população enfrenta problemas básicos, coloca em xeque as prioridades da gestão de Dino Penha. Moradores questionam por que o dinheiro público não está sendo direcionado para resolver questões urgentes, como a falta de iluminação em ruas escuras, a escassez de água em torneiras e a ausência de acessibilidade para quem mais precisa.
Enquanto a prefeitura celebra a contratação de uma empresa para eventos, muitos cidadãos de São Bento se sentem esquecidos. “É difícil entender como o prefeito pode gastar tanto com festas e shows enquanto nossas ruas estão escuras, muitas torneiras sem água e ruas cheias de buracos com chão batido“, desabafou uma cidadã que preferiu não se identificar por medo de represália por ser servidora contratada.
A situação levanta dúvidas sobre o planejamento da administração municipal. Será que eventos são realmente a prioridade em um momento de tantas carências? A licitação, embora legal, parece ignorar as reais necessidades da população, que clama por investimentos em saúde, educação e infraestrutura.
Enquanto isso, os moradores seguem esperando por soluções que parecem cada vez mais distantes. A pergunta que fica é: até quando a população de São Bento terá que conviver com a falta de prioridades na gestão pública?