Nos primeiros 100 dias de 2025, a prefeitura de Palmeirândia, sob a gestão do prefeito Edilson da Alvorada (PL), viu seus cofres municipais receberem uma enxurrada de recursos: mais de R$ 26 milhões em repasses federais. Um montante que coloca a cidade entre as mais agraciadas do Maranhão nesse período. Mas, enquanto o dinheiro chega, a realidade nas ruas é de abandono, especialmente na saúde, setor que deveria ser prioridade.
Do total de R$ 26.815.315,27 (vinte e seis milhões oitocentos e quinze mil trezentos e quinze reais e vinte e sete centavos) recebidos, R$ 3.671.030,48 (três milhões seiscentos e setenta e um mil e trinta reais e quarenta e oito centavos) foram destinados à manutenção das ações e serviços públicos de saúde. No papel, números promissores. Na prática, uma tragédia anunciada. Postos de saúde sucateados, hospital municipal em condições precárias e a falta de medicamentos, exames e médicos especialistas são queixas constantes dos moradores. A população, em grande parte de baixa renda, enfrenta um dilema cruel: buscar atendimento em cidades vizinhas ou até na capital, arcando com custos que pesam no bolso.
Semanalmente, debates acalorados tomam conta das redes sociais e conversas nas praças de Palmeirândia. A indignação é geral: como uma cidade que recebe tanto dinheiro não consegue oferecer o básico? “É um descaso. A gente vê o hospital caindo aos pedaços e os remédios nunca estão disponíveis. Quem não tem como pagar, sofre”, desabafou uma pessoa que preferiu o anonimato.
A gestão de Edilson da Alvorada, até o momento, não apresentou respostas convincentes. A falta de transparência sobre o uso dos recursos e a ausência de melhorias visíveis levantam questionamentos: para onde está indo o dinheiro? Enquanto os problemas estruturais e administrativos persistem, a população clama por mudanças urgentes.
Palmeirândia não pode ser refém de promessas. É hora de fiscalizar, cobrar e garantir que cada centavo seja revertido em qualidade de vida. A saúde, direito básico de todos, não pode esperar.