A gestão do prefeito Eduardo Braide (PSD) em São Luís enfrenta graves denúncias de descaso com a educação. Segundo investigações do site Observatório da Blogosfera, a Prefeitura acumulou impressionantes R$ 332.912.794,38 (trezentos e trinta e três milhões, novecentos e doze mil reais) em repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) na conta Agência 3846, Conta 8525-1 do Banco do Brasil. Mesmo com tanto dinheiro em caixa, professores e funcionários das Escolinhas Comunitárias da capital maranhense estão sem salários há meses em 2025, acumulando dívidas e enfrentando dificuldades para manter o básico em casa. Um verdadeiro calote que expõe a falta de prioridade com a educação.
O levantamento do Observatório revela que, apenas em 2025, até o dia 17 de abril, o Governo Federal depositou R$ 160.534.551,00 (cento e sessenta milhões quinhentos e trinta e quatro mil quinhentos e cinquenta e um reais) em recursos do FUNDEB, elevando o montante disponível para cerca de R$ 493 milhões. Além disso, a Prefeitura estaria lucrando com aplicações financeiras no Banco do Brasil, enquanto os trabalhadores das Escolinhas Comunitárias amargam a falta de pagamento. “É um absurdo! Como justificar tanto dinheiro parado enquanto professores passam fome?”, questiona um dos profissionais afetados, que preferiu não se identificar.
As Escolinhas Comunitárias, que atendem crianças em comunidades vulneráveis, dependem desses repasses para funcionar. No entanto, a gestão Braide parece ignorar a gravidade da situação. Muitos professores relatam que, sem salário, estão endividados e enfrentando dificuldades para pagar contas básicas, como água, luz e alimentação. “É humilhante. Trabalhamos com dedicação, mas somos tratados com desrespeito”, desabafa uma educadora.

A falta de transparência na aplicação dos recursos do FUNDEB levanta suspeitas. Por que a Prefeitura, com centenas de milhões em conta, não prioriza o pagamento desses profissionais? O que justifica o atraso nos repasses às Escolinhas Comunitárias? A população de São Luís merece respostas claras.
Enquanto isso, a gestão Braide segue sob críticas por outras polêmicas, como o atraso na aprovação de projetos relacionados a precatórios do FUNDEF/FUNDEB, que beneficiariam professores da rede municipal. Vereadores, como Raimundo Penha (PDT) e Pavão Filho (PDT), já acusaram o prefeito de centralizar decisões e negligenciar os direitos dos educadores, conforme noticiado pelo Jornal Pequeno em 2023.
É inaceitável que, em 2025, com tanto recurso disponível, a educação continue sendo desvalorizada em São Luís. A gestão Braide precisa explicar por que o dinheiro do FUNDEB não chega a quem mais precisa e tomar medidas urgentes para regularizar os pagamentos. Professores não podem pagar o preço da má gestão. A sociedade exige respeito e ação imediata!