Reestruturação no comando do INSS no estado inclui a provável saída de Weslley Martins; crise política no Ministério da Previdência e perda de espaço do PDT estão entre os motivos.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deverá passar por mudanças no Maranhão, com a provável substituição de Weslley Martins, atual gerente-executivo do órgão no estado. A reformulação faz parte de uma reestruturação mais ampla, impulsionada por fatores políticos e administrativos, segundo revelou o blog do jornalista Joerdson Rodrigues.
A decisão ocorre em meio à crescente perda de influência do senador Weverton Rocha (PDT-MA) junto ao governo federal. Weslley Martins é apontado como um dos aliados políticos do senador no comando do INSS maranhense, e sua saída é vista como parte de uma estratégia para reduzir o espaço de atuação do PDT em estruturas federais no estado.
Essas informações foram confirmadas por uma fonte ligada à Superintendência Regional do INSS no Nordeste, que acompanha de perto as tratativas em torno da reformulação nos cargos de comando. Segundo essa fonte, a substituição de Weslley Martins já está sendo tratada internamente e deve ser oficializada em breve.
O estopim para essa movimentação foi a exoneração do ministro Carlos Lupi, titular da Previdência Social e presidente nacional do PDT, após novos escândalos envolvendo sua gestão. Conforme destacou o blog do jornalista Diego Emir, a crise atingiu em cheio o partido e respingou diretamente em Weverton Rocha, abrindo caminho para mudanças no INSS, uma das áreas onde o PDT exercia influência política direta.
Embora o discurso oficial seja de ajustes técnicos e melhorias na gestão, fontes ligadas à administração federal confirmam que as mudanças no Maranhão têm motivação política, visando reorganizar o controle sobre cargos estratégicos e neutralizar a atuação de grupos em desgaste.
A saída de Weslley Martins deverá ser oficializada nos próximos dias, conforme relatou a informante da Superintendência do INSS no Nordeste, que afirmou que o processo já está em curso e deve integrar uma série de mudanças nos estados nordestinos.