Dr Julinho e Natércio Santos, prefeito e vice-prefeito de São José de Ribamar

Racha, traições, apunhaladas nas costas e incertezas dominam o cenário político em Ribamar

São José de Ribamar, a terceira maior cidade do Maranhão, vive um cenário político marcado por traições, ambições desmedidas e denúncias graves que colocam em xeque a gestão do prefeito Dr Julinho (Podemos) e seu vice, Natércio Santos (União Brasil). O que parecia ser uma aliança sólida entre os dois que eram vistos como pai e filho se transformou em um campo de batalha, com suspeitas de golpes, corrupção e deslealdade que ameaçam desestabilizar a administração municipal que já era péssima e podem impactar as eleições de 2026.

Natércio Santos, vice-prefeito eleito em 2024, emergiu como uma figura central no governo de Dr Julinho desde 2021, quando assumiu o papel de assessor especial. Com amplos poderes, Natércio controlava contratações, demissões e parcerias com empresas, sendo apontado como o “prefeito de fato”. No entanto, sua ambição o levou a buscar ainda mais influência, candidatando-se a vice-prefeito e articulando para emplacar um aliado na presidência da Câmara Municipal.

O plano, segundo fontes ouvidas pelo blog Joerdson Rodrigues, era garantir o controle do Legislativo para pressionar ou até afastar Dr Julinho, possibilitando que Natércio assumisse a prefeitura antes do fim do mandato. A manobra, porém, foi frustrada por apenas um voto, expondo as intenções de Natércio e gerando um racha profundo com o prefeito. O vereador Jordão Reis (União Brasil) revelou, em sessão na Câmara no dia 10 de dezembro de 2024, que Natércio planejava articular a cassação de Julinho caso este não cumprisse um suposto acordo de afastamento em 2025.

Veja a fala do vereador

A tentativa frustrada custou caro a Natércio, Dr Julinho, ciente da traição, iniciou uma “caça às bruxas” para expurgar aliados do vice-prefeito da administração municipal, reduzindo drasticamente sua influência política e financeira. Fontes indicam que o clima entre os dois é de desconfiança mútua, com desentendimentos que remontam ao período eleitoral.

A maré de azar de Natércio se estende à sua família. Seu irmão, Raimundo Junior vereador em São Luís pelo Podemos, enfrenta um processo na Justiça Eleitoral por suposta fraude na cota de gênero nas eleições de 2024, que pode resultar na cassação de seu mandato e de outros dois vereadores do partido. Essa crise amplia as dificuldades de Natércio em manter sua base política.

Além do racha político, a gestão de Dr Julinho enfrenta sérias denúncias de irregularidades. Centenas de contratos municipais estão sob suspeita de superfaturamento e favorecimento, muitos dos quais, segundo informações de bastidores, teriam sido orquestrados pelo próprio Natércio durante seu período de influência.

Áudios e conversas de WhatsApp vazados reforçam as acusações. Natércio foi denunciado pelo PSB de São José de Ribamar por suposta compra de votos, oferecendo cargos em empresas terceirizadas da prefeitura em troca de apoio político. As denúncias, que incluem promessas de empregos na área de saúde e articulações para cumprir a cota feminina do União Brasil, estão sob investigação no Ministério Público Eleitoral (MPE).

A gestão de Dr. Julinho, que já vai “de mal a pior”, segundo fontes locais, enfrenta críticas pela falta de transparência e pela deterioração dos serviços públicos, agravadas pelas disputas internas. A prefeitura, que deveria trabalhar em harmonia com o Legislativo, vive um momento de tensão, com Julinho interferindo diretamente na eleição da presidência da Câmara e colocando a vereadora Francimar Jacintho (PL) como presidente, para neutralizar as investidas de Natércio.

A pergunta que paira no ar é: até quando Dr Julinho e Natércio continuarão nesse jogo de traições e apunhaladas pelas costas? A gestão municipal, já fragilizada por denúncias de corrupção e desentendimentos internos, corre o risco de colapsar antes das eleições de 2026, quando o prefeito pretende lançar seu filho como candidato a deputado estadual e essa situação influência negativamente a política. Natércio, que já foi apontado como sucessor natural de Julinho, agora enfrenta o desafio de reconstruir sua credibilidade, enquanto o prefeito busca consolidar seu controle sobre a administração.

A população de São José de Ribamar, enquanto isso, assiste a um espetáculo de instabilidade política que compromete o desenvolvimento da cidade. A harmonia entre Executivo e Legislativo, tão necessária para a governabilidade, parece um objetivo distante. As denúncias de corrupção e o racha entre prefeito e seu vice levantam dúvidas sobre a capacidade da atual gestão de cumprir suas promessas para o mandato 2025-2028.

O desfecho dessa crise dependerá de como o prefeito e seu vice lidarão com as denúncias e com a pressão popular por accountability. Até lá, São José de Ribamar permanece refém de um jogo político onde a ambição e a traição ditam as regras.

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