Os servidores efetivos da Câmara Municipal de São Luís intensificaram sua luta contra o presidente da Casa, Paulo Victor (PSB), em um protesto que expõe a insatisfação com a falta de diálogo e a demora na resolução de demandas urgentes. Em pauta, estão o reajuste da tabela de vencimentos, considerada defasada, e a precariedade das condições de trabalho no prédio da Câmara, que, segundo os funcionários, está literalmente “caindo aos pedaços”.
A batalha entre os servidores e Paulo Victor já se arrasta há meses. O presidente tem sido acusado de evitar o diálogo, o que impede avanços nas negociações para atualizar os salários dos funcionários. Além disso, os grevistas denunciam a deterioração das instalações da Câmara, com gabinetes em condições estruturais comprometidas e até a falta de itens básicos, como papel higiênico nos banheiros, conforme já apontado pelo vereador Douglas Pinto (PSD) em debates anteriores.
O clima de tensão ganhou um novo capítulo nesta semana. Segundo o SINDSCAM-SLZ, sindicato que representa os servidores, uma reunião marcada para a manhã desta quarta-feira (21) foi cancelada de forma inesperada na noite de segunda-feira (20). A justificativa? A equipe técnica da Câmara precisaria “analisar o estudo de viabilidade e impacto orçamentário”. No entanto, nenhuma nova data foi informada, deixando os servidores sem perspectiva de solução.
Enquanto as negociações patinam, os gastos da Câmara Municipal seguem elevados. De acordo com um levantamento exclusivo do blog Joerdson Rodrigues, o orçamento da Casa para 2025 está estimado em R$ 147 milhões, valor que pode ser ultrapassado, considerando que, até o momento, já foram gastos R$ 56.030.307,80 com folhas de pagamento, fornecedores, verbas indenizatórias e outras despesas. Esses números levantam questionamentos sobre a gestão financeira de Paulo Victor e a priorização das demandas dos servidores.
Confira abaixo documento sobre os gastos feitos em 2025 pela Câmara:
A falta de diálogo, as condições precárias de trabalho e a ausência de reajustes salariais alimentam a revolta dos servidores, que prometem manter a pressão. A sociedade ludovicense acompanha com atenção o desdobramento desse embate, que expõe os desafios de gestão na Câmara Municipal de São Luís.