O deputado Dr. Yglésio foi à tribuna, na sessão plenária desta quinta-feira (5), propor uma reflexão aos colegas parlamentares, principalmente à ala da oposição ao atual governo. Ele comparou duas situações distintas, referindo-se ao governo de Carlos Brandão e ao comportamento do governo anterior, de Flávio Dino.
Primeiro, questionou as críticas direcionadas ao governo atual relativas a um balão personalizado plotado com o nome do secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão. É que o balão foi visto em uma festa organizada por um vereador. Segundo Yglésio, a festa não tinha nenhuma relação com Orleans e, até que se provasse o contrário, não se tratava de evento público, uma vez que não era custeada com recursos públicos.
Ele lembrou que é muito comum, principalmente em eventos realizados em cidades do interior do Maranhão, nomes de políticos aparecerem em balões com propaganda comercial por uma mera questão de ‘puxa-saquismo’. E que, na festa em questão, o balão com o nome do secretário era exatamente ‘puxa-saquismo’ do realizador do evento, ou seja, o vereador.
Por outro lado, o deputado recordou que, na época de Flávio Dino, as cores de seus partidos, primeiro o PCdoB e, depois, o PSB, eram empregadas em prédios. Ele disse que Dino usava as cores amarelo e vermelho nas fachadas dos hospitais.
“Por sete anos, os hospitais foram pintados de vermelho e de amarelo. Isso era para dar conforto aos pacientes? Não. Desrespeitar o normativo, como a RDC 50, de 2002? Eu tenho a certeza de que, deliberadamente, não era o foco da engenharia hospitalar da Secretaria Estadual de Saúde”, disse, afirmando que estudos científicos básicos mostram que o vermelho é uma cor que provoca agitação e desencadeia ansiedade, nervosismo e até agressividade, devendo, por essa razão, ser utilizada no ambiente hospitalar com parcimônia.
Yglésio ressaltou que só o restava concluir que se tratava de propaganda escancarada dos partidos do governador, o que não poderia ocorrer. “Ou seja, eram utilizadas nos hospitais públicos como instrumento de propaganda subliminar”, disse.
O deputado fez o contrapondo para dizer que a oposição não deveria questionar um balão plotado com um nome por mero ‘puxa-saquismo’ de um vereador, quando o governo anterior, segundo ele, agiu, por muitas vezes, de forma errônea.
“A política do Maranhão ainda precisa evoluir muito do ponto de vista da comunicação, da institucionalidade, do respeito às normas constitucionais, que tratam da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, publicidade e eficiência. Da mesma forma que os colegas deveriam observar, também, tudo que pressupõe o respeito às imunidades parlamentares, que são institutos que visam justamente fortalecer a própria população, que tem na imunidade do seu deputado, a possibilidade de falar, através dele, contra as injustiças”, finalizou.