O castelo de cartas do ministro dos Esportes, André Fufuca (UP) parece estar desmoronando. O ambicioso plano de usar o Ministério dos Esportes como um trampolim para o Senado em 2026 recebeu um golpe fatal com a decisão da federação PP/União Brasil de desembarcar do governo Lula. Agora, sem a caneta e com a popularidade estagnada, o deputado maranhense se vê forçado a dar ré em suas pretensões, focando em uma meta bem mais modesta: garantir a própria sobrevivência política com a reeleição para a Câmara dos Deputados.
Como o blog Joerdson Rodrigues já havia antecipado com exclusividade em junho, na matéria “BOMBA! Na tentiva de se projetar ao senado em 2026, Fufuca já fechou R$ 157 milhões em convênios do Ministério dos Esportes com municípios maranhenses“, a estratégia de Fufuca era clara. Ele utilizava a máquina federal para irrigar prefeituras aliadas no Maranhão com milhões em convênios, em uma tentativa óbvia de construir uma imagem de “senadorável” e viabilizar seu nome para a disputa da casa alta. Contudo, a fonte secou.
A ordem do comando nacional dos partidos é clara e tem prazo de validade: todos os filiados em cargos no governo federal devem entregá-los até 30 de setembro. A desobediência pode custar caro, resultando em punições que vão desde o afastamento até a expulsão sumária da legenda. Para Fufuca, o cenário é ainda mais dramático, pois a perda do mandato de deputado federal é uma possibilidade real, uma vez que a vaga pertence ao partido, e não ao parlamentar.
Mesmo diante do risco, o ministro maranhense reluta. Fontes em Brasília afirmam que Fufuca, assim como seu colega do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), resiste à ideia de deixar a Esplanada dos Ministérios, apegando-se ao poder e ao prestígio do cargo. Essa teimosia, no entanto, pode não apenas selar seu destino político nacional, mas também implodir seu poder local.
A desobediência à presidência nacional do partido, pode acelerar a troca no comando do UP no Maranhão. O nome que surge com força nos bastidores é o do deputado federal Pedro Lucas, visto como o “queridinho” da cúpula partidária no estado. Perder a liderança do partido seria o prego final no caixão do projeto de poder de Fufuca, deixando-o completamente isolado.
Para André Fufuca, o sonho do Senado acabou antes mesmo de começar. O recuo para a disputa de deputado federal não é uma escolha, mas uma imposição da realidade. Resta saber se, mesmo em um projeto menor, ele terá capital político para não terminar 2026 sem nenhum mandato.
