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Clô Correa, “o suposto amigo faz-tudo e operador” de Miltinho Aragão já recebeu R$ 34 milhões dos cofres públicos em São Mateus

Clodoaldo Correa apontado como operador de Miltinho Aragão

O município de São Mateus retorna ao centro de um novo escândalo envolvendo a administração municipal e o empresário Clodoaldo Correa, figura descrita como o “amigo faz-tudo e operador” do prefeito Miltinho Aragão e seus familiares. As informações, obtidas com exclusividade pelo blog Joerdson Rodrigues, detalham uma relação de longa data e extremamente lucrativa entre o empresário e a prefeitura, levantando sérias questões sobre a transparência e a legalidade dos gastos públicos.

Quase uma década de contratos milionários

A obediência e proximidade de Clodoaldo Correa com a família Aragão Rezende têm sido, ao que parece, muito bem recompensadas. Sua empresa, a Albatroz Construções, atua há quase uma década no município e já embolsou a impressionante quantia de R$ 34,3 milhões (trinta e quatro milhões e trezentos e oitenta e oito mil e oitocentos e dez reais e setenta e três centavos) em contratos com a prefeitura.

Em um período de apenas oito anos (2018 a 2025), a Albatroz recebeu uma enxurrada de dinheiro público para a suposta “prestação” de diversos serviços no município. Confira os valores repassados anualmente, que mostram a escalada dos gastos:

AnoValor RepassadoValor por Extenso
2025R$ 3.570.800,85(três milhões, quinhentos e setenta mil e oitocentos reais e oitenta e cinco centavos)
2024R$ 6.702.773,27(seis milhões, setecentos e dois mil e setecentos e setenta e três reais e vinte e sete centavos)
2023R$ 8.571.882,44(oito milhões, quinhentos e setenta e um mil e oitocentos e oitenta e dois reais e quarenta e quatro centavos)
2022R$ 9.908.529,00(nove milhões, novecentos e oito mil e quinhentos e vinte e nove reais)
2021R$ 513.770,67(quinhentos e treze mil e setecentos e setenta reais e sessenta e sete centavos)
2020R$ 1.746.881,84(um milhão, setecentos e quarenta e seis mil e oitocentos e oitenta e um reais e oitenta e quatro centavos)
2019R$ 2.409.529,08(dois milhões, quatrocentos e nove mil e quinhentos e vinte e nove reais e oito centavos)
2018R$ 964.643,58(novecentos e sessenta e quatro mil e seiscentos e quarenta e três reais e cinquenta e oito centavos)
TOTALR$ 34.388.810,73(trinta e quatro milhões, trezentos e oitenta e oito mil e oitocentos e dez reais e setenta e três centavos)

Os objetos dos contratos: de obras a lâmpadas

Os serviços pelos quais a Albatroz Construções recebeu essa fortuna incluem:

  1. MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA de instalações físicas de edificações e espaços públicos.
  2. MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA do parque de iluminação pública, incluindo fornecimento de materiais e mão de obra.
  3. CONSTRUÇÃO do Espaço Poliesportivo.

A lista de serviços sugere que a empresa de Clodoaldo Correa é acionada para uma vasta gama de “necessidades” do município, o que reforça a alcunha de “faz-tudo”.

De São Mateus para as campanhas políticas

Clodoaldo Correa, que fez fortuna em São Mateus sob a gestão Aragão, ganhou notoriedade no meio político. Ele se apresenta como um parceiro “investidor” em campanhas políticas por todo o estado, o que levanta a suspeita de que os lucros obtidos na prefeitura de São Mateus podem estar sendo usados para bancar influências políticas em outras regiões.

Para agravar o cenário, uma próxima matéria do blog Joerdson Rodrigues irá focar no interesse do empresário em Barreirinhas. Clodoaldo e um grupo de amigos estão processando o município devido a restrições de tráfego para UTVs (Veículos Utilitários Multitarefas), declarando-se moradores daquela cidade na ação cível. Esse movimento, após faturar milhões em São Mateus, apenas aprofunda o mistério sobre os reais interesses e o alcance das operações do empresário.

A população de São Mateus exige clareza e fiscalização sobre a aplicação dos mais de R$ 34 milhões. A sombra de favorecimento e a relação de “amizade” entre o prefeito e o empresário faz-tudo precisa ser investigada a fundo para garantir o uso correto do dinheiro público.

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