A situação da saúde pública em Tuntum chegou ao limite do absurdo. Em nota oficial divulgada nas redes sociais, a Secretaria Municipal de Saúde tenta justificar o atraso no pagamento dos servidores culpando o presidente Lula e o ministro Flávio Dino, alegando que os recursos federais ainda não teriam sido creditados no Fundo Municipal de Saúde.
O problema é que a justificativa não resiste a uma simples consulta aos dados oficiais. De acordo com os extratos do Fundo Nacional de Saúde (FNS), o município de Tuntum recebeu em 2025 mais de R$ 59 milhões em repasses federais, sendo que apenas em setembro e outubro entraram cerca de R$ 6 milhões, somando recursos federais e estaduais.
Enquanto o prefeito culpa o Governo Federal, a realidade nas ruas é outra: postos de saúde estão fechados, servidores foram demitidos em massa após as eleições de 2024, e os que restaram enfrentam atrasos constantes de salário. A justificativa de que “não há recursos” não passa de mais uma narrativa para enganar o povo, já que a folha de pagamento diminuiu e os repasses continuam chegando normalmente.
Pior: mesmo com a crise nos atendimentos e a demissão de profissionais, vários contratos da saúde continuam sendo pagos em valores exorbitantes. Empresas vêm recebendo cifras milionárias do Fundo Municipal de Saúde, mas ninguém sabe para onde o dinheiro está indo.
Já o sindicato dos servidores públicos de Tuntum – SINDSERT, que deveria defender a categoria, permanece em silêncio. Procurado por este Blog, preferiu se omitir, demonstrando mais preocupação em proteger o prefeito do que em lutar pelos direitos dos trabalhadores.
O resultado é um município à beira do colapso, com milhões nas contas da saúde, festas bancadas com dinheiro público e nenhuma resposta concreta para a população que depende do SUS.