A recente operação da Polícia Federal que resultou no afastamento do prefeito de São Benedito do Rio Preto, Wallas Rocha, trouxe à tona um nome que merece atenção especial: a empresa Promo Construtora e Locação Ltda de propriedade de Leonardo César Ribeiro Sousa, o Leo do Banco, a construtora está sendo investigada pela PF e é apontada como um dos principais pilares do esquema empresarial que levou ao afastamento do gestor.

O blog Joerdson Rodrigues realizou um levantamento independente e descobriu um rastro de contratos vultosos da Promo Construtora em diversas prefeituras maranhenses. A teia se estende por municípios como São Luís Gonzaga do Maranhão, Caxias, Fortuna, Pinheiro, Bacabal, Estreito e São João dos Patos, somando um total impressionante de R$ 55.029.336,42 (cinquenta e cinco milhões, vinte e nove mil, trezentos e trinta e seis reais e quarenta e dois centavos) em contratos firmados entre 2022 e 2025, conforme dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O mais grave, contudo, é a omissão de dados. Curiosamente, os contratos da Promo Construtora com a Prefeitura de São Benedito do Rio Preto não foram encontrados no sistema do TCE. Essa ausência levanta a forte suspeita de que a atuação da empresa no município investigado pela Polícia Federal pode ser ainda mais extensa e nebulosa do que se imagina.

Aprofundando a investigação sobre a relação da prefeitura de São Benedito do Rio Preto com a construtora, constatamos, em análise detalhada, que a administração municipal repassou à Promo Construtora mais de R$ 7,1 milhões entre 2023 e o ano em curso.
A tabela de pagamentos revela os montantes:
Ano | Valor Repassado |
2025 | R$ 63.394,33 (sessenta e três mil, trezentos e noventa e quatro reais e trinta e três centavos) |
2024 | R$ 5.446.138,79 (cinco milhões, quatrocentos e quarenta e seis mil, cento e trinta e oito reais e setenta e nove centavos) |
2023 | R$ 1.673.603,93 (um milhão, seiscentos e setenta e três mil, seiscentos e três reais e noventa e três centavos) |
Total | R$ 7.183.137,05 (sete milhões, cento e oitenta e três mil, cento e trinta e sete reais e cinco centavos) |
Dados da investigação apontaram que foram movimentados cerca de R$ 6,8 milhões conforme imagem anexada abaixo, entretanto os dados já estavam defasados e os pagamentos continuaram ultrapassando os R$ 7 milhões.

O volume de recursos e a vasta capilaridade da Promo Construtora no Maranhão, combinados com a falta de transparência nos contratos com a prefeitura sob investigação, sugerem um cenário que exige rigorosa apuração das autoridades. É imperativo que os órgãos de controle investiguem com profundidade a legalidade e a conformidade de cada um desses contratos milionários. O dinheiro público, especialmente em municípios com tantas carências, não pode dar margem a suspeitas de desvio ou má gestão em benefício de poucos.