A gestão do prefeito Magno (PV) em Guimarães retorna aos noticiários de maneira negativa e gerando indignação entre os moradores e críticas contundentes nas redes sociais. Um contrato de R$ 6,6 milhões firmado com o Instituto Viver, sediado no bairro do Turu, em São Luís, para serviços de terceirização de mão de obra, reacendeu o debate sobre a falta de concursos públicos e a suposta prática de favorecimento político na administração municipal. As denúncias apontam que a terceirização seria uma manobra para burlar processos seletivos transparentes e privilegiar aliados do prefeito.
O contrato, no valor exato de R$ 6.697.653,60 (seis milhões, seiscentos e noventa e sete mil, seiscentos e cinquenta e três reais e sessenta centavos), foi assinado para a contratação de profissionais em cargos como: copeira, auxiliar de serviços gerais, digitador, recepcionista, auxiliar administrativo, agente de portaria, motorista e assistente administrativo. Apesar de serem funções essenciais ao funcionamento da máquina pública, a ausência de um concurso público ou um seletivo para preenchê-las levanta questionamentos sobre a transparência e a legalidade do processo. Segundo críticos, a terceirização seria uma estratégia para manter a indicação de cargos sob o controle do prefeito e de sua base aliada, prática que, segundo denúncias, caracteriza a formação de uma “panelinha” na gestão.

A falta de um concurso público é um dos principais pontos de revolta da população. Um certame poderia garantir estabilidade financeira a moradores locais, além de promover a meritocracia e a qualificação do serviço público. “É frustrante ver milhões sendo gastos com uma empresa de fora, enquanto os cidadãos de Guimarães, que poderiam se preparar para essas vagas, ficam sem oportunidade”, afirmou um morador, que preferiu não se identificar. A ausência de processos seletivos transparentes também reforça a percepção de que o município prioriza interesses políticos em detrimento do bem-estar da comunidade.
As denúncias não são novidade. Desde o início da gestão de Magno, em janeiro de 2025, contratos milionários têm sido alvo de escrutínio. O Instituto Viver, que possui CNPJ nº 21.851.634/0001-28, é apontado como beneficiário de mais um desses acordos, o que levanta suspeitas sobre a lisura das contratações. A repetição de contratos de alto valor, sem a devida publicidade ou justificativa clara, tem gerado questionamentos sobre o destino dos recursos públicos e a real necessidade de terceirizar serviços que poderiam ser desempenhados por servidores concursados.
A terceirização, embora legal em alguns casos, é vista com desconfiança quando usada para funções permanentes, como as listadas no contrato. Juristas consultados pelo blog apontam que a prática pode configurar desvio de finalidade, especialmente se os cargos forem preenchidos por indicações políticas em vez de processos seletivos abertos. O Ministério Público do Maranhão (MPMA) já foi acionado para investigar as denúncias, mas, até o momento, não há informações sobre o andamento das apurações.
A gestão de Magno também enfrenta críticas por não priorizar investimentos em áreas como educação, saúde e infraestrutura, enquanto destina somas vultosas a contratos de terceirização. A população cobra esclarecimentos sobre como os R$ 6,6 milhões foram calculados e por que uma empresa de São Luís foi escolhida em vez de soluções locais. “Queremos transparência. O povo de Guimarães merece saber para onde está indo o dinheiro dos impostos”, declarou uma liderança comunitária.
Enquanto as respostas não chegam, a polêmica em torno do contrato com o Instituto Viver continua a alimentar o descontentamento popular e a reforçar a cobrança por uma gestão mais ética e comprometida com os interesses da população. O blog Joerdson Rodrigues seguirá acompanhando o caso e cobrando esclarecimentos das autoridades.