Investigado por desvios, governador do Rio evita atacar o presidente em suas redes sociais desde que virou alvo
Em matéria da Folha de São Paulo, a colunista Mônica Bergamo trouxe atona possíveis motivos para o silêncio do governador Wilson Witzel (PSC-RJ), além de informações bombásticas que o governador abortou a missão de oposicionista do presidente Bolsonaro. Confira:
A colunista destacou que governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ), jogou a toalha e já comunicou a pessoas próximas que não fará mais oposição frontal ao presidente Jair Bolsonaro. Ele já teria inclusive enviado sinais a Bolsonaro de que pretende erguer a bandeira branca.
O ponto de virada de Witzel foi a operação de busca e apreensão da Polícia Federal feita na residência oficial, onde ele vive. Ela foi autorizada pela Justiça.
Um dos motivos seria que a mulher de Witzel, Helena, é personagem central das investigações. O escritório de advocacia dela mantinha contrato de R$ 540 mil com empresa investigada por desvios de recursos em contratos com o governo do Rio.
Outro bom motivo é que Witzel passou a temer pelo pior, inclusive pela prisão dele ou da mulher.
A operação ocorreu no dia 26 de maio, um mês depois de Sergio Moro ter acusado Bolsonaro de tentativa de interferência política na PF.
Do dia da operação para cá, Witzel nunca mais criticou Bolsonaro no Twitter. Na sexta (5), ele fez uma referência negativa ao presidente em uma entrevista —mas respondendo à insinuação feita por Bolsonaro de que “brevemente” poderá ser preso.
Até recentemente, o governador do Rio atacava o presidente semanalmente. Em maio, foram pelo menos 14 postagens falando mal diretamente dele. Uma outra atacava o filho dele, Flávio Bolsonaro. E 11 falavam de “bolsonaristas” ou o criticavam indiretamente.
Antes da operação Witzel usava suas redes sociais para atacar Bolsonaro, mas depois da operação da PF, ele só posta mensagens sobre a Covid-19 e imagens de visitas a hospitais.