Em um acontecimento que abalou a região Nordeste, a Ponte JK, que liga os estados do Maranhão e Tocantins, desabou recentemente, levantando sérias questões sobre a gestão e qualificação técnica de quem comanda a infraestrutura no Brasil. No centro das discussões está o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Maranhão, que é liderado por um psicólogo, o ex-deputado federal João Marcelo (MDB).
Superintendente do DNIT no Maranhão, João Marcelo
A tragédia da Ponte JK em Estreito não só trouxe à tona a necessidade de manutenção e revisão das estruturas rodoviárias do país, mas também destacou a importância de ter profissionais tecnicamente qualificados em posições de liderança, especialmente em autarquias responsáveis por obras públicas. João Marcelo, um psicólogo por formação, assumiu o comando do DNIT no Maranhão, levantando dúvidas sobre sua aptidão para um cargo que, idealmente, deveria ser preenchido por um engenheiro civil ou profissional com conhecimentos específicos em infraestrutura.
A nomeação de João Marcelo é vista por muitos como uma decisão política, o que poderia comprometer a eficiência e a segurança das operações do DNIT. A falta de conhecimento técnico necessário para gerir uma organização tão crucial para a manutenção e construção de rodovias e pontes é uma preocupação crescente.
Enquanto o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal investigam as responsabilidades pelo desabamento da ponte, dois pontos são cruciais: a ausência de qualificação técnica do superintendente do DNIT no Maranhão e o histórico de corrupção do chefe do DNIT no Tocantins, que já foi preso pela Polícia Federal.
Este cenário reforça a necessidade de reformas na gestão pública, onde critérios técnicos devem prevalecer sobre interesses políticos.