A posse de João Batista Segundo (PL) na Assembleia Legislativa do Maranhão nesta segunda-feira (6) traz à tona questionamentos sobre o que essa mudança pode significar para a Baixada Maranhense. Segundo, que já teve uma breve passagem como deputado em 2024, é conhecido por sua relutância em usar a tribuna, com relatos de pessoas próximas indicando que o medo de falar em público é um dos seus maiores desafios.
Durante seus quatro meses de mandato tampão, ele não se destacou por proposições de leis, fiscalização ou fortalecimento de parcerias e convênios, mas tão somente por não usar a tribuna e buscar melhorias para as principais cidades onde teve uma boa votação.
A frase-chave que resume a atuação esperada de Segundo na Assembleia é: “Deputado JB: Mais Foco em Pinheiro do que na Baixada”. Sua chegada ao parlamento estadual parece ter um objetivo claro: atender aos interesses do deputado Josimar Maranhãozinho, que mira no controle do maior município da Baixada, Pinheiro. Durante sua primeira experiência legislativa, Segundo concentrou quase todas as suas indicações e esforços no município de Pinheiro, visando preparar o terreno para as disputas eleitorais de 2024 e futuras.
Para os demais municípios da Baixada Maranhense, como Palmeirândia, Peri Mirim, São Bento e Presidente Sarney, a expectativa é baixa. De acordo análise baseada na experiência passada de JB, esses locais podem esperar pouco em termos de representação efetiva. A estratégia de Segundo parece ser mais voltada para uma disputa direta com o atual prefeito de Pinheiro, André da Ralpnet, no pleito municipal de 2028, do que em atender às demandas gerais da região.
Portanto, a presença de João Batista Segundo na Assembleia Legislativa pode não significar um avanço significativo para a Baixada Maranhense como um todo. Enquanto seu foco parece ser apenas a prefeitura de Pinheiro, outros municípios da região poderão sentir a falta de um representante que atenda às suas necessidades específicas.