Em um anúncio feito durante Sessão Plenária, o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), desembargador Froz Sobrinho, gerou uma onda de decepção entre os aprovados no concurso público prestes a ser homologado. Apesar de o processo seletivo estar programado para ser homologado no dia 21 de janeiro de 2025, o desembargador comunicou que, até o fim de sua gestão, em abril de 2026, pretende nomear 100 cargos comissionados e apenas 20 servidores efetivos.
A declaração causou perplexidade entre os candidatos aprovados, que esperavam um maior aproveitamento das vagas oferecidas. Centenas de pessoas que dedicaram meses, e até anos, de preparação para o concurso sentiram-se desamparadas e frustradas com o cenário apresentado. Esses profissionais, aptos a contribuir para o fortalecimento do Judiciário maranhense, aguardam ansiosamente pela homologação e pela convocação para assumirem os postos que ajudariam a suprir o déficit de pessoal no órgão.
O quadro anunciado contrasta com as expectativas criadas durante o processo seletivo e com a situação real do Tribunal, que, segundo informações, conta com um número significativo de cargos vagos e orçamento disponível para preenchê-los. A decisão de priorizar a nomeação de comissionados em detrimento de servidores efetivos foi considerada por muitos como inconstitucional, além de representar um retrocesso para uma instituição que busca o reconhecimento de qualidade junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A insatisfação dos aprovados ecoa nas redes sociais e entre entidades representativas, que pedem uma revisão dessa postura pelo Tribunal de Justiça do Maranhão. Para muitos, a limitação no número de nomeações efetivas compromete a valorização do serviço público e a eficiência do Judiciário no estado.
Diante do impasse, espera-se que as autoridades competentes deem a devida atenção à situação, que afeta não apenas os candidatos aprovados, mas também a sociedade maranhense, que depende de um Judiciário forte e bem estruturado. A homologação e a convocação de um número maior de servidores efetivos são vistas como medidas necessárias para garantir a continuidade e a qualidade dos serviços prestados pelo Tribunal de Justiça do Maranhão.