O que era para ser uma gestão municipal voltada ao bem-estar da população tem se transformado em um pesadelo para os trabalhadores contratados da cidade de Pinheiro, na Baixada Maranhense. Sob o comando do prefeito André da Ralpnet (Podemos), a administração municipal vem sendo marcada por atrasos salariais, perseguições e demissões em massa de quem ousa levantar a voz para cobrar o que é seu por direito.
Centenas de funcionários contratados estão com salários atrasados, alguns há meses, mas o medo de represálias os mantém calados. Aqueles que tiveram coragem de reclamar, porém, enfrentaram um destino cruel: foram demitidos sumariamente e, pior, sem receber sequer um centavo do que lhes era devido. A justificativa dos “chefes” para essas demissões é sempre a mesma: “Eles estão queimando a imagem da gestão municipal como caloteira ao cobrarem salários atrasados”. Uma desculpa que, além de absurda, revela a tentativa de silenciar os trabalhadores e esconder a má administração.
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O clima entre os servidores é de revolta e desespero. Muitos, amordaçados pelo temor de perder o emprego, preferem aguentar os atrasos em silêncio a arriscar o pouco que ainda têm. “É um desgoverno total. Quem reclama vira alvo, e quem fica quieto sofre calado”, desabafou um trabalhador que pediu para não ser identificado, com medo de represálias.
A gestão de André da Ralpnet, que mal começou, já é apontada como a pior da história de Pinheiro. O que se vê é uma prefeitura que, em vez de honrar seus compromissos com os trabalhadores, prefere puni-los por exigirem o básico: o salário pelo qual suam para ganhar. A população, que esperava dias melhores, agora assiste a um cenário de desrespeito e autoritarismo, enquanto a imagem de Pinheiro afunda junto com a credibilidade de seu prefeito.
Resta saber até quando os cidadãos e trabalhadores da cidade suportarão esse caos. Uma coisa é certa: o silêncio imposto pelo medo não apaga a verdade de uma gestão que, por enquanto, só acumula críticas e dívidas com seu povo.