Uma polêmica envolvendo o vereador Eduardo Lynnik Ribeiro Rodrigues (Solidariedade), líder do governo André da Ralpnet (Podemos) na Câmara Municipal de Pinheiro ganhou novos contornos e expôs uma contradição que tem gerado revolta na cidade. Enquanto discursava na tribuna da Câmara pedindo o cancelamento de mais de 5 mil cadastros do Bolsa Família no município, o próprio vereador embolsou R$ 13.600,00 do programa entre março de 2023 e maio de 2024, conforme dados oficiais disponíveis no site do governo federal.
A informação, que pode ser consultada por qualquer cidadão, revela que Eduardo Lynnik recebeu parcelas mensais de R$ 900 entre março e dezembro de 2023, totalizando R$ 9.000 no ano. Já em 2024, de janeiro a maio, foram R$ 800 por mês, somando R$ 4.000. O fato chama ainda mais atenção porque, durante esse mesmo período, o vereador se posicionava publicamente contra o programa, alegando a necessidade de “limpar” os cadastros e cortar benefícios de milhares de famílias pinheirenses.

A atitude de Lynnik já havia sido destaque no blog Joerdson Rodrigues em fevereiro deste ano, na matéria intitulada “Líder do governo na Câmara quer cortar 5 mil benefícios do Bolsa Família em Pinheiro e vereador Elizeu Tantan reage, veja o vídeo”. Na ocasião, o vereador Elizeu Tantan (PSD) criticou duramente a proposta, defendendo as famílias que dependem do auxílio. Agora, com a revelação de que o líder do governo também era beneficiário, a situação ganhou ares de escândalo.
A pergunta que fica é: como justificar que ele tenha recebido um benefício social e agora quer tirar isso de milhares de beneficiários? A população de Pinheiro cobra explicações, e o caso levanta suspeitas sobre a real intenção por trás da campanha de Lynnik contra o programa. Seria uma tentativa de desviar a atenção de seu próprio cadastro ou apenas uma contradição gritante?
Os dados estão à disposição no portal do governo federal, e o blog Joerdson Rodrigues segue acompanhando o desenrolar dessa história. A polêmica expõe, mais uma vez, os bastidores da política local e o uso questionável de programas sociais que deveriam atender apenas quem realmente precisa.