Um escândalo de proporções gigantescas está abalando a política de Timon, no Maranhão. Nos bastidores, a frase que ecoa é: “Quem manda na prefeitura é Gabriel Brito, irmão do prefeito”. Uma denúncia grave aponta que Gabriel teria atuado diretamente para favorecer a empresa M F Distribuidora e Livraria LTDA, sediada no bairro Vermelha, em Teresina (PI), em dois contratos milionários firmados com a prefeitura de Timon por inexigibilidade de licitação. Juntos, esses contratos somam a impressionante quantia de R$ 12,9 milhões, já pagos integralmente.

Os contratos, assinados em 2025, envolvem a aquisição de materiais didáticos para a rede municipal de ensino. Confira os detalhes:
Inexigibilidade de Licitação nº 001/2025:
- Objeto: Aquisição de livros da coleção Trilhas Sistema de Ensino: Educação Infantil para alunos da educação infantil.
- Valor: R$ 4.503.000,00 (quatro milhões e quinhentos e três mil reais).
Inexigibilidade de Licitação nº 002/2025:
- Objeto: Aquisição de livros da coleção SAEB em Foco para alunos do ensino fundamental.
- Valor: R$ 8.416.450,00 (oito milhões, quatrocentos e dezesseis mil e quatrocentos e cinquenta reais).
Total: R$ 12.919.450,00 (doze milhões novecentos e dezenove mil quatrocentos e cinquenta reais), pagos em dois empenhos nos meses de fevereiro e abril de 2025, diretamente para as contas da M F Distribuidora.

A denúncia levanta sérias questões sobre a transparência na gestão pública de Timon. A inexigibilidade de licitação, mecanismo que dispensa a concorrência pública, é justificada em casos específicos, como quando há exclusividade do fornecedor. No entanto, a escolha da M F Distribuidora, somada ao suposto envolvimento de Gabriel Brito, irmão do prefeito, acende o alerta para possíveis irregularidades. A pergunta que fica é: por que uma empresa de Teresina foi escolhida sem licitação para contratos tão vultosos?
O setor empresarial, que acompanha de perto os bastidores da política local, já comenta que Gabriel Brito seria o verdadeiro “homem forte” por trás das decisões da prefeitura, influenciando diretamente na liberação de contratos como esses. A denúncia reforça a percepção de que interesses pessoais podem estar acima do bem público, enquanto a população de Timon aguarda respostas.
Sobre a influência de Gabriel Brito nas tomadas de decisões em Timon podemos citar que ele já vem representando o prefeito em várias agendas institucionais como prepresentante oficial do prefeito Rafael, como noticiado no site da AGED, conforme matéria no link abaixo:
- AGED realiza reunião estratégica para a regularização dos estabelecimentos de origem animal em Timon
Os contratos, embora destinados à compra de materiais didáticos, geram desconfiança. A educação é uma prioridade, mas o uso de recursos públicos em valores tão altos, sem processo licitatório, levanta suspeitas sobre a eficiência e a lisura na aplicação do dinheiro. Será que os livros adquiridos realmente justificam os R$ 12,9 milhões? E por que os pagamentos foram feitos tão rapidamente, em apenas dois meses?
A população de Timon merece esclarecimentos. O Ministério Público e os órgãos de controle, como o Tribunal de Contas do Estado (TCE), precisam investigar a fundo essas contratações. A transparência é um direito do cidadão, e a gestão pública não pode ser tratada como um negócio de família.
O caso está apenas começando a ganhar repercussão, mas já é um dos assuntos mais comentados nas ruas e nas redes sociais de Timon. A pressão por respostas deve crescer, e a prefeitura terá que se posicionar. Enquanto isso, a denúncia expõe a fragilidade do sistema de contratações públicas e reacende o debate sobre nepotismo e tráfico de influência.
Fica o questionamento: quem realmente governa Timon? A população espera por justiça e transparência. Vamos acompanhar de perto os desdobramentos desse escândalo.