O cenário político de São Luís está prestes a sofrer uma mudança significativa, pois um processo judicial movido contra vereadores do partido Podemos ganha novos desdobramentos. A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), instaurada por Matheus Mendes Lima de Moraes, conhecido como Mateus do Beiju (PL), contra cinco membros do partido, incluindo Brenda Carvalho Pereira, Wendell Aragão Martins, Raimundo Nonato dos Santos Júnior, Fábio Henrique Dias de Macedo Filho e Lorena Veruska Sousa Melo Macedo, presidente municipal do Podemos, teve nova movimentação na última sexta-feira, 24 de janeiro.
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Especialistas indicam que o caso é extremamente sério, com grandes chances de que os vereadores envolvidos percam seus mandatos. A acusação central é de que Brenda Carvalho Pereira foi usada como candidata fictícia para cumprir a cota de gênero, recebendo apenas 18 votos e apresentando uma prestação de contas que levanta suspeitas de desvio de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC). De acordo com os autos do processo (nº 0600210-68.2024.6.10.0003), Brenda declarou ter recebido R$ 300 mil da direção nacional do Podemos, mas não há evidências de campanha efetiva, como a produção de material de propaganda eleitoral ou eventos de campanha.
A investigação alega que Brenda estava no Rio de Janeiro durante o período eleitoral, conforme suas postagens em redes sociais, o que contrasta com a declaração de despesas eleitorais. Mateus do Beiju pede uma medida liminar para suspender a diplomação dos vereadores envolvidos até a decisão final do processo e exige comprovação das despesas declaradas por Brenda.
Brenda, por sua vez, nega ter recebido recursos do partido, afirmando ser vítima de ameaças após se recusar a assinar documentos sobre repasses financeiros. Ela registrou uma ocorrência na Polícia Federal em 14 de novembro, alegando ter recebido apenas 18 votos devido à ausência de campanha financiada.
Casos de vereadores cassados por fraude na cota de gênero no Brasil em 2024:
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Estes casos demonstram um rigor crescente na fiscalização e punição de fraudes eleitorais relacionadas à cota de gênero, refletindo uma preocupação nacional com a integridade do processo democrático. Aguardamos o desfecho deste caso em São Luís para entender como ele poderá influenciar a política local e, possivelmente, estabelecer precedentes para futuras investigações similares.
O caso ganhou mais repercussão quando Brenda usou suas redes sociais para denunciar que estaria sendo perseguida temia pela sua vida. Além disso, ela haveria afirmado a Polícia Federal que todo contato que teve sobre verbas seria direto com o próprio Fábio Filho, apontado como o chefe de todo esquema cuidando de toda logistica e tratativas financeiras.